Guatemala decreta estado de calamidade por fortes chuvas
Governo da Guatemala argumentou que um estudo do instituto local de meteorologia determinou um excesso de chuvas na atual temporada iniciada em maio
O presidente da Guatemala, Bernardo Arévalo, decretou, nesta segunda-feira (8), estado de calamidade por 30 dias em todo o país devido aos danos causados pelas intensas chuvas, que já deixaram 13 mortos e quase cinco milhões de feridos desde maio.
A medida, publicada nesta segunda-feira no diário oficial, foi aprovada pelo governante social-democrata durante uma reunião com o Conselho de ministros e, entre outras coisas, restringiu alguns direitos constitucionais como o livre trânsito.
Agora, o Congresso - dominado pela oposição de direita - tem três dias para ratificar, modificar ou reprovar a decisão presidencial.
Se aprovado, o governo terá ao seu dispor recursos econômicos sem realizar licitações para enfrentar a emergência.
O governo argumentou que um estudo do instituto local de meteorologia determinou um excesso de chuvas na atual temporada iniciada em maio, causando saturação de solos e "danos significativos" em habitação e infraestrutura.
Essas condições aumentaram o "risco de eventos que podem afetar os direitos da população em situação de vulnerabilidade" nesse país centro-americano onde 59% dos 17,7 milhões de habitantes vivem na pobreza.
Com a aprovação do estado de calamidade, ordena-se à Coordenadoria Estatal para a Redução de Desastres (Conred), a cargo da proteção civil, retirar as pessoas que se encontram nas "regiões afetadas ou que estejam em perigo".