Trégua: CIA se reúne com presidente egípcio para fomentar apaziguamento em Gaza
Mediadores estão há meses tentando conseguir um acordo de trégua que inclua a libertação de reféns israelenses cativos em Gaza em troca da libertação de prisioneiros palestinos
O presidente egípcio, Abdel Fattah al Sissi, se reuniu com o diretor da CIA, William Burns, nesta terça-feira (9), no Cairo, onde as delegações dos Estados Unidos e Israel debateram sobre uma eventual trégua na Faixa de Gaza.
Segundo o gabinete do presidente egípcio, Al Sissi e Burns "falaram sobre os últimos acontecimentos nos esforços conjuntos para alcançar um acordo de trégua e um cessar-fogo na Faixa de Gaza".
"As negociações sobre a trégua continuam no Cairo", informou a Al Qahera News, emissora próxima dos serviços de Inteligência egípcios, citando uma fonte de alto escalão.
Egito e Catar, mediadores no conflito em Gaza, estão há meses tentando conseguir um acordo de trégua que inclua a libertação de reféns israelenses cativos em Gaza em troca da libertação de prisioneiros palestinos detidos por Israel.
O diálogo ficou estagnado por muito tempo, mas, ao que tudo indica, será retomado essa semana no Cairo e em Doha, para onde, segundo a Al Qahera News, viajará uma delegação egípcia na quarta-feira.
Na segunda-feira, outra fonte disse à AFP que o diretor da CIA e o chefe do Mossad israelense, David Barnea, visitarão Doha na quarta, onde se reunirão com o primeiro-ministro catari.
Nas negociações, o Hamas exige um cessar-fogo "completo", algo que o governo israelense rejeita, ao impor como condição a liberação de todos os reféns retidos em Gaza e a derrota total do Hamas.
Também na segunda-feira, o movimento islamista palestino acusou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, de dificultar as negociações.
A guerra começou em 7 de outubro, quando comandos islamistas mataram 1.195 pessoas, a maioria civis, e sequestraram 251 no sul de Israel, segundo uma contagem da AFP baseada em dados oficiais israelenses.
O Exército israelense calcula que 116 pessoas permanecem em cativeiro em Gaza, 42 das quais morreram.
Em resposta ao ataque, Israel iniciou uma ofensiva no território palestino que matou 38.243 pessoas, também civis em sua maioria, segundo o Ministério da Saúde de Gaza, governada pelo Hamas.