Disparar contra hospitais na Ucrânia é "um crime de guerra", diz alta funcionária da ONU
O presidente ucraniano relatou que 38 pessoas morreram, incluindo quatro crianças, e 190 ficaram feridas durante os ataques com 40 mísseis
Disparar contra hospitais é um "crime de guerra", afirmou uma alta funcionária das Nações Unidas durante uma reunião de emergência do Conselho de Segurança nesta terça-feira (9), após um ataque fatal contra centros de saúde na Ucrânia atribuído à Rússia.
"Dirigir ataques intencionalmente contra um hospital protegido é um crime de guerra e os perpetradores devem ser responsabilizados. (...). Estes incidentes fazem parte de um padrão alarmante de ataques sistemáticos contra centros de saúde e outras infraestruturas civis na Ucrânia", disse Joyce Msuya, subsecretária interina da ONU para assuntos humanitários.
O presidente ucraniano, Volodimir Zelensky, relatou que 38 pessoas morreram, incluindo quatro crianças, e 190 ficaram feridas durante os ataques com 40 mísseis que atingiram várias cidades e vilas.
A capital ucraniana está de luto nesta terça-feira após os bombardeios russos que destruíram o maior hospital pediátrico do país, com um saldo que pode aumentar à medida que os escombros são removidos.
O bombardeio do hospital infantil de Okhmatdyt chocou a Ucrânia após mais de dois anos de guerra iniciada com a invasão russa em fevereiro de 2022. O ataque também foi condenado pelos aliados ocidentais de Kiev.
A prefeitura decretou um dia de luto na capital, onde as bandeiras foram hasteadas a meio mastro e os eventos de entretenimento foram adiados.
Segundo o governo ucraniano, um míssil de cruzeiro russo Kh-101 atingiu o hospital pediátrico, embora a Rússia afirme que o ataque tenha sido provocado pelos sistemas de defesa aérea ucranianos.
Moscou reiterou nesta terça-feira que as forças russas atacam apenas infraestruturas militares.