Jogos Olímpicos

Olimpíadas: confira três atletas brasileiros que podem surpreender e conquistar medalhas inéditas

Nas Olimpíadas, Nathalie Moellhausen, Miguel Hidalgo e Caio Bonfim são boas apostas para o Time Brasil

Nathalie Moelhausen, Miguel Hidalgo e Caio Bonfim - Divulgação/COB

A Olimpíada de Paris está chegando perto. Planejando melhorar o desempenho no quadro de medalhas - em Tóquio foram 21 pódios em 13 esportes -, o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) conta que o país conquiste medalhas em esportes que o resultado ainda não veio. O Brasil possui três atletas, que têm bom desempenho em suas modalidades, correm por fora, mas podem 'beliscar' uma medalha: Nathalie Moellhausen da esgrima, Miguel Hidalgo no triatlon e Caio Bonfim na marcha atlética.  

Esgrima 

A esgrima surgiu em decorrência do uso de armas brancas em duelos e guerras. Segundo estudos, a transformação em esporte se deu ao final do século 14, quando foram definidas as primeiras regras. A modalidade é uma das mais tradicionais dos Jogos Olímpicos da Era moderna, estando presente em todas as edições desde 1896, em Atenas. 

 



O esporte olímpico reúne provas individuais e por equipe nas três armas, sabre, florete e espada, nesta última o Brasil terá a participação da Nathalie Moellhausen, atual número oito do ranking mundial. Nascida na Itália, a esgrimista defende as cores verde e amarela desde 2015. 

Em 2019, Nathalie conseguiu um feito inédito para o esporte brasileiro, ao conquistar o título Mundial na categoria da espada. Nessa prova, o esgrimista pode tocar apenas com a ponta da arma, mas pode atingir qualquer parte do corpo do adversário. 

Triatlo 

Surgido apenas na década de 1970, há quem diga que o triatlo foi criado para estabelecer qual dos atletas (nadador, ciclista ou corredor) tinha o melhor condicionamento físico e quem afirme que foi uma alternativa de treinamento entre competições para os praticantes do atletismo. Certo é que o jovem esporte estreou somente na edição de Sidney 2000. 

 



Melhor triatleta das Américas, o paulista Miguel Hidalgo é o atual número nove do ranking mundial. O brasileiro de 24 anos já teve como melhor colocação a sétima posição e coleciona títulos nos Jogos Sul-Americanos e Pan-Americanos. No Mundial de 2023, Hidalgo terminou na 6ª posição.

Marcha Atlética   

Única prova do atletismo em que não se permite a fase aérea, ou seja, o atleta deve estar sempre com um dos pés no chão, a regra determina que o atleta não pode perder nem por fração de segundo o contato contínuo com o solo. A perna que avança deve permanecer reta do momento que toca o chão até a nova passagem. Isso gera o famoso requebrado da modalidade. 

Em Paris serão disputadas duas provas, os 20km (masculino e feminino) e os 42km em equipe mista - fará parceria com Viviane Lyra. Em ambas metragens, o brasiliense Caio Bonfim estará presente. Pelo ranking da World Athletics, o brasileiro é o atual número três do mundo. 

Caio Bonfim ganha ouro na marcha atlética no Troféu Brasil de Atletismo, com o tempo de 1.19s e conta as expectativas para Paris 2024

Ele é demais! #TimeBrasil pic.twitter.com/tIo4Rq6H22



Essa será a quarta participação de Caio em Olimpíadas. A estreia se deu em Londres 2012, quando ainda tinha 21 anos. A participação não foi das melhores, terminando 39° lugar entre os 48 atletas que completaram a prova. Mas quatro anos depois, disputando em casa, Caio bateu na trave no Rio de Janeiro e terminando os 20km na quarta colocação, ficando a apenas cinco segundos do medalhista de bronze. Em Tóquio 2021, Bonfim terminou na 13ª posição. 

Caio terminou 2023 muito bem, quando conquistou o bronze no Mundial de Budapeste, na Hungria, única medalha do atletismo brasileiro na última edição do Mundial da modalidade. O ano virou e o atleta manteve o desempenho. Foi bronze na etapa chinesa do Circuito Mundial de Marcha e estabeleceu novo recorde Sul-Americano no Troféu Brasil, no final do mês passado.