TECNOLOGIA

Inteligência Artificial: líderes religiosos orientais são unem a chamada por ética na tecnologia

Lançada pelo Vaticano, a chamada levanta preocupações sobre o impacto que a Inteligência Artificial poderá ter na guerra, nas eleições ou nos empregos

Líderes religioso do Vaticano lançam chamada sobre Inteligência Artificial - Christophe Simon/AFP

Líderes de religiões orientais assinaram nesta quarta-feira (10) um apelo promovido pelo Vaticano para que a Inteligência Artificial (IA) seja utilizada com ética, em uma cerimônia realizada na cidade japonesa de Hiroshima.

O 'Chamado de Roma pela Ética na IA', lançado pelo Vaticano em 2020, indica que a inteligência artificial deve ser desenvolvida "com princípios éticos que garantam que sirva ao bem da humanidade".

O desenvolvimento da IA levanta preocupações sobre o impacto que poderá ter na guerra, nas eleições ou nos empregos.

Empresas como IBM, Microsoft e Cisco, além de líderes religiosos do cristianismo, do islamismo e do judaísmo aderiram ao apelo em 2020.

Doze líderes de religiões com raízes asiáticas, incluindo budistas, sikhs e xintoístas, reuniram-se no Parque da Paz de Hiroshima, vítima de um ataque nuclear americano em 1945, para assinar o código de ética.

Os signatários concordaram que os sistemas de IA "não devem discriminar ninguém" e que "sempre devem ter um responsável pelo que uma máquina faz". Devem ser seguros, fáceis de entender e "não devem seguir ou criar preconceitos", afirmaram.

O chamado também foi assinado pela ONU, Itália e diversas universidades.

O papa voltou a mencionar a questão em junho, na cúpula do G7 [Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido], na qual apelou à regulamentação da IA.

Pesquisadores do Instituto de Ética da Inteligência Artificial da Universidade de Oxford consideram a questão "urgente e importante".