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Férias escolares: como os pais podem controlar o uso de telas dos filhos

Sem tempo nas férias, muitos pais aderem aos celulares e videogames para o entretenimento dos filhos nesse período

Nas férias escolares, a tendência é aumentar o contato na internet - Divulgação

Julho é uma das épocas mais esperadas pelas crianças devido às férias escolares. Mas, se antes esse período era marcado por brincadeiras na rua, bagunça e novas amizades, a nova forma de diversão dos pequenos agora é outra - as telas.

Sem tempo de preparar atividades e brincadeiras, muitos pais aderem aos celulares e videogames para o entretenimento dos filhos nesse período.

Celulares, tablets, computadores, videogames e televisores são os novos companheiros das crianças nos horários livres. 

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o tempo de uso de telas ideal para crianças e adolescentes segue a seguinte sugestão: 

1- Menores de 2 anos não devem ter acesso algum ao uso de telas;
2- Entre 2 e 5 anos, permanência no máximo de 1 hora por dia;
3- Entre 6 e 10 anos, o tempo de uso deve ser, no máximo, 2 horas. 
4- Entre 11 e 18 anos, permanência máxima de 3 horas. 

Para a psicóloga do Colégio Saber Viver, Daniela Remigio, há medidas simples que os pais podem adotar mesmo sem uma pausa em sua jornada. Entre as sugestões estão:

- Visitar parentes e amigos próximos, para que as crianças possam passar o dia interagindo e brincando;
- Escolher um livro de interesse da criança e pedir a explicação da história após o trabalho;
- Explorar área de lazer nas residências;
- Estimular desafios com jogos de tabuleiro e preparar receitas deliciosas.

“O ócio provoca o uso excessivo de telas, por isso, utilizemos o ócio de forma criativa e enérgica. Gastar energias ocupando a mente e o corpo irão favorecer a saúde física e mental de nossas crianças e adolescentes durante as férias”, ressalta a psicóloga.

Mirella Badarane, advogada, mestranda em Educação, Culturas e Identidades pela UFRPE/Fundaj, sabe bem a importância de priorizar atividades ao ar livre, junto à natureza, com sua filha Thâmara Badarane, de 9 anos. 

“Prezamos pelo acordo, por meio de conversas e supervisão saudável. Durante as férias existe uma flexibilidade maior, mas à noite não permitimos o uso da tecnologia, exceto nos fins de semana, pois entendemos que prejudica o sono”, detalha Mirella. 

Na era digital, crianças e adolescentes já possuem grupos em rede social para troca de mensagens sobre estudo e diversão.

E nas férias escolares, a tendência é aumentar esse contato pela internet. Mas a mãe conta que a filha, não possui redes sociais, pois, além dos riscos do ambiente virtual das redes sociais, o algoritmo induz a comportamentos e valores não adequados para os pequenos.

"Reconhecemos que por meio das conversas ela compreende e aceita os limites necessários. Em casos extremos, advertimos que, em caso de uso excessivo, ela ficará sem acesso durante determinado período. A prioridade sempre será o olho no olho, o abraço, o sorriso e muito amor", pontua Mirella.