Wall Street fecha com novos recordes antes de divulgação de inflação nos EUA
O índice Dow Jones subiu 1,09%, para 39.721,36 pontos
A Bolsa de Valores de Nova York estabeleceu novos recordes nesta quarta-feira (10), antes da publicação do índice de inflação e após as garantias do presidente do banco central americano de que a evolução dos preços segue na direção correta.
O índice Dow Jones subiu 1,09%, para 39.721,36 pontos, enquanto o tecnológico Nasdaq avançou 1,18% (18.647,45), estabelecendo seu sétimo recorde consecutivo, e o S&P 500 cresceu 1,02%, para 5.633,91 unidades, superando pela primeira vez a barreira dos 5.600 pontos.
Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), repetiu perante a Câmara dos Representantes dos Estados Unidos sua mensagem de expectativas sobre o futuro da política monetária.
Assim como fez no Senado na terça-feira, Powell destacou o avanço da inflação para a meta de 2% e indicou que o Fed já não se concentra somente nos riscos relativos ao aumento dos preços, mas também no risco de uma deterioração no mercado de trabalho.
O presidente do Fed também insistiu que não vai esperar que a inflação alcance sua meta de 2% para atuar sobre as taxas de juros. "Se esperarmos muito tempo, provavelmente teremos esperado demais", assinalou.
"Jerome Powell manteve o mesmo tom, abrindo mais as portas para um corte nos juros" em setembro, "e isso é o que está impulsionando o movimento das bolsas", disse Peter Cardillo, da Spartan Capital.
Para Art Hogan, da B. Riley Wealth Management, "a reunião monetária de 18 de setembro mostra agora uma probabilidade de 75,2% de um corte nos juros, contra 65% da semana passada".
No mercado de renda fixa, o rendimento dos papéis do Tesouro com vencimento em dez anos caiu ligeiramente para 4,28%, contra 4,29% da sessão anterior, devido ao bom recebimento de uma nova emissão de títulos.
O indicador mais importante da semana chegará nesta quinta-feira, com a publicação do índice de preços ao consumidor CPI de junho.
Em estimativa anual, os analistas preveem um aumento de 3,1%, contra 3,3% em maio. Já na estimativa mensal, entretanto, o índice deve subir +0,1%, após permanecer estável em maio.
No mercado de ações, as megacapitalizações continuaram dando suporte, em particular a Apple, cuja cotação alcançou um máximo de 232,98 dólares, um aumento de 1,88%. A empresa tecnológica voltou a liderar a lista das maiores capitalizações de Wall Street, à frente da Microsoft.
Por sua vez, a Nvidia, desenvolvedora de chips para inteligência artificial generativa, seguiu avançando, subindo quase o mesmo do dia anterior (+2,69%).
No setor do varejo, os papéis da Target caíram 1,00%. Já entre as companhias financeiras, a Mastercard registrou queda expressiva (-2,49%) após uma má avaliação dos analistas do Bank of America, e sua concorrente Visa também caiu (-0,92%).