Rússia planeja "medidas" para contra-atacar "ameaça" da Otan
Porta-voz da Rússia, Dmitri Peskov, afirmou que foi constatado que os adversários sa Europa e Estados Unidos não são partidários do diálogo
A Rússia planeja "medidas" para "contra-atacar a ameaça de segredos" representada pela Otan, que está "de fato envolvida no conflito da Ucrânia", afirmou o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, citado pelas agências de notícias russas.
"Somos obrigados a analisar com muito cuidado as decisões que foram tomadas (na reunião de cúpula de Washington), as conversas que aconteceram e analisar com muito cuidado o texto da declaração que foi adotada", afirmou o porta-voz.
"É uma ameaça muito séria à segurança nacional, que nos obrigará a adotar medidas práticas, regulamentares e eficazes para contra-atacar a Otan", acrescentou Peskov, sem revelar quando serão adotados nem a natureza das medidas.
Na quarta-feira, em uma reunião histórica em Washington, os países da Otan reforçam seu apoio à Ucrânia com o anúncio do envio de caças F-16, baterias de defesa antiaérea e o reconhecimento de que Kiev está em um "caminho irreversível" para ser membro da Aliança Atlântica.
Nesta reunião, "tomamos novas medidas para fortalecer a nossa dissuasão e defesa, reforçamos o nosso apoio a longo prazo à Ucrânia para que possamos vencer" a guerra contra a Rússia, acrescenta o texto.
"Constatamos que nossos adversários na Europa e nos Estados Unidos não são partidários do diálogo. E, a juiz pelos documentos defendidos na cúpula da Otan, não são partidários da paz", disse Peskov à imprensa, antes de afirmar que a Aliança Atlântica "é um instrumento de confronto, e não de paz e segurança".
"Desde o início, afirmamos que a integração da Ucrânia à Otan representava uma ameaça inaceitável para nós (...) Agora vemos que a Otan adota um documento que diz que a Ucrânia vai aderir definitivamente à Otan", lamentou Peskov.