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Alemanha proibirá uso de componentes de empresas chinesas Huawei e ZTE em suas redes 5G

Decisão da Alemanha foi adotada após uma análise profunda sobre a ameaça de que as duas empresas podem representar a segurança do país

Alemanha proibirá uso de componentes de empresas chinesas Huawei e ZTE em suas redes 5G - Alain Jocard/AFP

A Alemanha eliminará progressivamente o uso de componentes dos gigantes chineses das telecomunicações Huawei e ZTE em suas redes 5G por questões de segurança nacional, anunciou esta quinta-feira (11) a ministra do Interior, Nancy Faeser.

"Os componentes da Huawei e ZTE não poderão ser mais utilizados nas redes 5G até o final de 2026", declarou o ministro.

O sistema dos dois fabricantes "para as redes de transporte e acesso nas redes 5G devem ser substituídos até o final de 2029", acrescentou.

Essa decisão, que foi adotada após uma análise profunda sobre a ameaça de que as duas empresas podem representar a segurança alemã, é válida para todo o país, indicou Nancy Faeser.

Com essa medida, a Alemanha pretende proteger seus locais de produção, bem como as "comunicações de nossos cidadãos e empresas em nosso país", disse o ministro.

Em junho de 2023, a Comissão Europeia - o braço executivo da UE - solicitou aos 27 países membros do bloco e às operadoras de telecomunicações que excluíram a Huawei e a ZTE das suas redes móveis.

A Alemanha teme a dependência excessiva de Pequim e aumentou sua vigilância sobre as infraestruturas que poderiam cair nas mãos de empresas ligadas ao Estado chinês.

"Devemos reduzir os riscos de segurança e, ao contrário do passado, evitar a dependência unilateral", disse Faeser.

O Ministério disse que as redes 5G fazem parte da "infraestrutura crítica" da Alemanha e são importantes para o funcionamento de setores como saúde, transporte e energia.

A China e a Alemanha, segunda e terceira maiores economias do mundo, respectivamente, há muito tempo mantêm laços econômicos estreitos.

Mas Berlim está tentando reduzir sua dependência econômica da China, principalmente depois que a guerra na Ucrânia e a subsequente crise energética revela uma dependência excessiva da Rússia.