Biden enfrenta teste decisivo para sua candidatura em entrevista coletiva; acompanhe
Com todos os olhares voltados para si, o democrata tenta passar firmeza em meio à crescente pressão interna para que abandone sua candidatura à reeleição
O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, conversará com repórteres nesta quinta-feira ao final do último dia da cúpula da Organização do Tratado do Atlântico Norte ( Otan), em Washington.
Com todos os olhares voltados para si, o democrata tenta passar firmeza em meio à crescente pressão interna para que abandone sua candidatura à reeleição contra o ex-presidente Donald Trump depois do desempenho desastroso no debate de 27 de junho.
Do ator George Clooney, importante arrecadador de fundos para democratas, até o âncora George Stephanopoulos, que entrevistou Biden dias após o confronto contra Trump, o escrutínio à campanha do presidente americano ganhou força esta semana, embora ele diga reiteradamente que seguirá na corrida eleitoral.
Na terça-feira, enquanto Biden recebia líderes para o primeiro dia da cúpula da Otan, deputados e senadores do Partido Democrata se reuniram para discutir o seu futuro.
O encontro terminou sem consenso, mas o porta-voz da sigla na Câmara, Pete Aguilar, alertou que seus colegas observariam de perto os passos do presidente esta semana, tanto na Otan quanto em compromissos de campanha.
Nos últimos dias, cada vez mais nomes foram se juntando à sangria em praça pública do presidente — até os mais imprevisíveis, como a ex-presidente da Câmara Nancy Pelosi, aliada de longa de data de Biden.
A crise levou a vice-presidente Kamala Harris a voltar aos holofotes. Depois de Trump disparar nas pesquisas após o debate, seu nome começou a surgir nos levantamentos como uma alternativa viável para enfrentar o magnata.
Em ao menos três deles, Kamala apareceu virtualmente empatada com Trump — em alguns casos à frente do ex-presidente — e com melhores chances de vitória do que o atual ocupante da Casa Branca.
Biden já havia discursado no primeiro dia da cúpula, focando em questões de política externa, como o reforço do apoio à Ucrânia por parte da aliança militar.
Para o presidente americano, parte da força que ele busca mostrar internamente passa por projetar os Estados Unidos como uma potência capaz de enfrentar inimigos comuns do Ocidente, como Rússia e China — algo frequentemente explorado por Trump em suas declarações.