Ministro das Relações Exteriores do Reino Unido pede cessar-fogo em Gaza
No domingo (14), ministro se reuniu com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu
O ministro das Relações Exteriores do Reino Unido, David Lammy, reafirmou seu apelo a um "cessar-fogo" entre Israel e Hamas, durante sua segunda rodada de negociações nesta segunda-feira (15) com os líderes israelenses.
Lammy, que faz sua primeira viagem ao Oriente Médio desde sua nomeação após a esmagadora vitória do Partido Trabalhista nas eleições britânicas de 4 de julho, já havia solicitado o fim das hostilidades durante uma reunião com o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, no domingo.
Também se reuniu com o primeiro-ministro palestino, Mohamed Mustafa, a quem solicitou a reforma da Autoridade Palestina presidida por Mahmud Abbas, informaram as autoridades britânicas.
"Esperamos chegar logo a um cessar-fogo e que possamos mitigar o sofrimento e as intoleráveis perdas de vidas humanas que estamos vendendo atualmente em Gaza", disse Lammy à imprensa, na presença do presidente israelense, Isaac Herzog.
Sobre o "trauma de 7 de outubro", o ministro afirmou que o grupo islâmico palestino Hamas deve libertar os reféns sequestrados durante seu ataque a Israel, o que desencadeou a atual guerra em Gaza.
Herzog disse, por sua vez, que os mais de 100 reféns ainda em Gaza, "emoção fechada e em perigo de morte", eram a principal preocupação de Israel.
"Trabalhamos incansavelmente para tirá-los de lá. Espero sinceramente que em breve haja um acordo sobre os reféns, é um passo muito importante", afirmou.
Um alto funcionário do movimento islâmico disse no domingo que o grupo havia interrompido as negociações com os mediadores internacionais devido aos recentes ataques de Israel em Gaza e à sua atitude em relação às discussões.
Israel não comentou estas declarações.
O Hamas declarou estar disposto a retomar as negociações se Israel "levar a sério a conclusão de um acordo de cessar-fogo e de um acordo de troca de prisioneiros".
Lammy também fez um apelo ao trabalho de entrega de ajuda. Durante sua visita, foram indicadas 680 toneladas de ajuda britânica aguardando para entrar na Faixa de Gaza.