Fed não pretende esperar inflação voltar a 2% para começar a cortar juros, diz Powell
Sobre a possibilidade de o Fed cortar juros durante a campanha eleitoral nos EUA, o presidente disse que a autoridade monetária não leva fatores políticos em consideração ao definir sua política
O presidente do Federal Reserve (Fed), Jerome Powell, reiterou nesta segunda-feira, 15, que a autoridade monetária não pretende esperar a inflação voltar exatamente a 2% para começar a cortar juros. Segundo ele, o Fed estaria mantendo o aperto por tempo exageradamente longo se aguardasse o retorno a essa taxa exata.
Durante evento do Clube Econômico de Washington, Powell comentou que a economia dos Estados Unidos teve desempenho muito forte nos últimos anos. A inflação arrefeceu de maneira substancial, particularmente na segunda metade de 2023, de acordo com ele.
Conforme Powell, esse progresso estagnou no primeiro trimestre deste ano, mas voltou a acontecer nos últimos três meses.
Sobre a possibilidade de o Fed cortar juros durante a campanha eleitoral nos EUA, Powell disse que a autoridade monetária não leva fatores políticos em consideração ao definir sua política.
Dados do segundo trimestre
O presidente do Fed afirmou que os dados do segundo trimestre ampliaram a confiança de que a inflação caminha de volta à meta de 2%, após a pausa no processo durante os três primeiros meses do ano. Apesar disso, Powell disse que não pretende enviar sinais sobre em qual mês os cortes de juros vão começar.
Powell reforçou que o Fed está mais atento aos dois lados do mandato do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC). Segundo ele, os riscos estão mais equilibrados e o mercado de trabalho não estão mais superaquecido. Powell reiterou que um enfraquecimento inesperado do emprego pode justificar o começo do relaxamento monetário.