Olimpíada: quem são os atletas brasileiros com mais chance de medalhas nos Jogos de Paris?
Rayssa Leal, Rebeca Andrade e Isaquias Queiroz são alguns dos nomes mais cotados para subir ao pódio nos Jogos Olímpicos
Faltando menos de uma semana para o início dos Jogos Olímpicos de Paris 2024, a Folha de Pernambuco montou uma lista dos atletas que chegam com grandes chances de ocupar um lugar no pódio nas disputas individuais. De veteranos até atletas que nem atingiram a maioridade ainda, o Brasil busca transformar o favoritismo em vitórias para, quem sabe, superar o recorde de conquistas alcançado em Tóquio, em 2021, quando terminou no 12° lugar no quadro geral, com 21 medalhas, sendo sete ouros, seis pratas e oito bronzes.
Alison dos Santos (atletismo)
Alison dos Santos, o “piu”, foi bronze nos 400 metros com barreira em Tóquio. Ele terá como maiores adversários o norte-americano Rai Benjamin, prata há três anos na prova em que o brasileiro ficou em terceiro, e o norueguês Karsten Warholm, ouro na disputa anterior. Na Diamond League deste ano, Alison venceu as etapas de Doha (Qatar), Oslo (Noruega), Estocolmo (Suécia) e Paris. Na mais recente, em Monaco (França), ficou em terceiro.
Ana Marcela Cunha (maratona aquática)
Atual campeã olímpica, Ana Marcela Cunha conquistou, em maio, a medalha de ouro na etapa da Itália da Copa do Mundo. A nadadora se recuperou de uma cirurgia no ombro, feita no fim de 2022, e chega em busca de novamente ficar no primeiro lugar do pódio. A prova da maratona aquática está prevista para acontecer no Rio Sena, que recentemente sofreu críticas sobre a qualidade da água para a realização das disputas de natação e triatlo.
Beatriz Ferreira (boxe)
São quase dois anos sem saber o que é uma derrota e, se depender da boxeadora Beatriz Ferreira, essa invencibilidade continuará assim para o Brasil faturar a medalha de ouro no boxe. Prata nos Jogos de Tóquio, a baiana foi campeã mundial de boxe olímpico e profissional. A principal adversária deve ser a irlandesa Kellie Harrington, vencedora no Japão há três anos.
Caio Bonfim (marcha atlética)
Prestes a disputar a quarta olimpíada da carreira, Caio Bonfim busca a primeira medalha nos Jogos. O melhor desempenho foi um quarto lugar na edição do Rio de Janeiro, em 2016. O atleta é o terceiro do ranking mundial e esteve no pódio em todas as competições de que participou desde 2022, faturando um bronze no Campeonato Mundial do ano passado.
Gabriel Medina (surfe)
Tricampeão mundial de surfe, Gabriel Medina quer apagar a imagem deixada em Tóquio, quando chegou como favorito, mas acabou perdendo na semifinal para o japonês Kanoa Igarashi. Resultado que o brasileiro contestou na época. O surfista conseguiu a vaga para as Olimpíadas com o título no ISA Games, disputado em Porto Rico, no início de março deste ano.
Hugo Calderano (tênis de mesa)
Quarto colocado no ranking de classificação olímpica, Hugo Calderano vive boa fase na carreira, o que faz sonhar com um lugar ao pódio no tênis de mesa. No Mundial da Coreia do Sul, ele terminou como o único não chinês a chegar às semifinais na história do campeonato. Em Tóquio 2021, o brasileiro caiu nas quartas de final para o alemão Dimitrij Ovtcharov.
Isaquias Queiroz (canoagem)
Ouro em Tóquio 2021 e com duas de prata e um bronze na edição Rio 2016, Isaquias Queiroz tem uma meta ousada em Paris: subir ao pódio mais duas vezes e se tornar o brasileiro com mais medalhas na história, superando os velejadores Robert Scheidt e Torben Grael, ambos com cinco. O canoísta hoje tem o mesmo número de pódios do que Gustavo Borges, da natação, e Serginho, do vôlei.
Marcus D´Almeida (tiro ao arco)
Medalha de prata na etapa da Turquia da Copa do Mundo de tiro com arco, Marcus D´Almeida é o número 1 do ranking mundial. O arqueiro ainda foi campeão do torneio de Las Vegas e da etapa da China da Copa do Mundo, além do ouro no Finals, no México. Em Tóquio 2020, ele obteve o melhor resultado de um brasileiro na modalidade, chegando até as oitavas de final.
Rayssa Leal (skate)
Há três anos, o Brasil se apaixonou pela “fadinha do skate”, Rayssa Leal, quando, apenas aos 13 anos, ela foi medalhista de prata em Tóquio 2020. A mais jovem brasileira a subir em pódio na história da competição. Em Paris, a “promessa que virou realidade” quer o ouro. A skatista vem de vitórias na etapa de San Diego (EUA) da Street League e na da China do Circuito Mundial.
Rebeca Andrade (ginástica)
Aos 25 anos, Rebeca Andrade já é uma veterana em Olimpíadas, seguindo para a terceira edição do evento, após uma prata e um ouro em Tóquio. Na última competição antes das Olimpíadas, no Troféu Brasil, foi ouro na trave e nas barras assimétricas. Assim como Isaquias, a ginasta também pode igualar ou bater o recorde de medalhas para um mesmo atleta brasileiro na história dos Jogos.
Esportes coletivos
No vôlei de praia feminino, a dupla formada por Ana Patrícia e Duda terminou 2023 na liderança do ranking mundial. Na vela, Martine Grael e Kahena Kunze são as atuais bicampeãs olímpicas e pode se tornar a primeira parceria com três medalhas de ouro na história da modalidade. Fechando a lista, o vôlei de quadra feminina também chega com boas chances de ocupar um lugar no pódio.