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Olimpíadas: conheça as provas inéditas dos Jogos de Paris 2024

Jogos Olímpicos se iniciam na próxima sexta-feira (26), na capital francesa

Viviane Lyra e Caio Bonfim irão competir na prova de revezamento misto na marcha atlética nas Olimpíadas - Reprodução/Instagram/@vivianelyra_nutri

A uma semana da cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Paris, a expectativa para o começo da disputa das 48 modalidades aumenta entre os entusiastas de esportes.

Na capital francesa, duas novas provas inseridas pelo Comitê Olímpico Internacional (COI) chamam atenção do público: o breaking e o caiaque cross. 

Conheça as provas inéditas das Olimpíadas 2024

Breaking 

Caracterizado por movimentos improvisados e dinâmicos, o breaking é um estilo urbano de dança que surgiu na década de 1970, durante o auge da cultura hip hop em Nova York, nos Estados Unidos.

A modalidade promete atrair o interesse dos jovens nos esportes olímpicos. 

B-Boy Hongten, da Coreia do Sul. Foto: Kieran Cleeves/AFP

A competição, que será disputada na Praça da Concórdia, combina arte e esporte e contará com 32 atletas em Paris 2024, sendo 16 b-boys e 16 b-girls competindo separadamente.

O Brasil não terá representantes nesta edição.

Formato

Os dançarinos são divididos em quatro grupos de quatro atletas cada. Os dois melhores de cada grupo avançam para as quartas de final.

Os atletas se enfrentam em um confronto direto, com três disputas em cada, conhecidas como "throw downs". 

Cada dançarino tem até um minuto para se apresentar, seguido pela resposta do outro breaker.

O processo terá apenas um dos dançarinos sendo o vencedor de cada rodada, decidido por juízes baseados em três critérios: fisicalidade, artístico e interpretação. 

Além das diferenças nos movimentos executados, o breaking se destaca pelo elemento de "surpresa".

A música é escolhida por um DJ, que define o tom da batalha sem que o dançarino tenha conhecimento prévio, estimulando a criatividade no improviso de cada atleta. 

Confira a agenda do breaking nas Olimpíadas:

Sexta-feira, 9 de agosto

11:00: B-Girls - Classificação
15:00: B-Girls - Quartas de final
15:45: B-Girls - Semifinal
16:14: B-Girls - Batalha pelo bronze
16:23: B-Girls - Batalha pelo ouro

Sábado, 10 de agosto

11:00: B-Boys - Classificação
15:00: B-Boys - Quartas de final
15:45: B-Boys - Semifinal
16:14: B-Boys - Batalha pelo bronze
16:23: B-Boys - Batalha pelo ouro

Caiaque Cross (K1X)

Novidade em Paris 2024, o caiaque cross, também conhecido como caiaque extremo, é uma prova integrada à modalidade canoagem slalom. 

A modalidade slalom está presente nos Jogos Olímpicos desde Barcelona 1992.

A principal diferença do cross está no formato da competição. No caiaque extremo, quatro canoístas competem simultaneamente na mesma correnteza, disputando para alcançar primeiro o fim do percurso. 

Ana Sátila irá competir nas Olimpíadas. Foto: Reprodução/Ana Sátila

Já na canoagem slalom, os atletas competem individualmente para driblar os obstáculos e completar o percurso no menor tempo possível. 

O percurso inclui entre quatro e seis portas verdes e dois pares de portas vermelhas. Os canoístas podem escolher o lado por onde passar. 

No meio do percurso, os atletas são desafiados a realizar um giro de 360º, colocando a cabeça abaixo da água. Caso o movimento não seja executado de forma correta, os canoístas são eliminados da prova. 

Brasil no caiaque cross

O Time Brasil será representado por dois participantes no caiaque extremo. 

Ana Sátila, de 28 anos, irá competir na categoria feminina do caiaque cross. Nascida na cidade de Iturama, em Minas Gerais, ela foi campeã mundial no K1 extremo em 2018, além de conquistar a prata em 2017 e o bronze no C1 no mesmo ano. 

Na categoria masculina, Pepê Gonçalves, de 31 anos, defenderá as cores do Brasil. O canoísta conquistou medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 2019 nas provas K1 e K1X. No mesmo ano, o atleta ficou em terceiro lugar em K1X no mundial. 

 



Confira a agenda do caiaque cross nas Olimpíadas:

Sábado, 3 de agosto

Tomada de tempo feminino
Tomada de tempo masculino
Repescagem 1 feminino
Repescagem 1 masculino
Repescagem 2 feminino
Repescagem 2 masculino

Domingo, 4 de agosto

Rodada preliminar - masculino
Rodada preliminar - feminino

Segunda-feira, 5 de agosto

Quartas de final - feminino
Quartas de final - masculino
Semifinais - feminino
Semifinais - masculino
Final B - feminino
Final B - masculino
Final A - feminino
Final A - masculino

Mais mudanças

Os Jogos de Paris 2024 contam ainda com novidades na marcha atlética e vela. 

Na marcha atlética, uma nova dinâmica foi inserida: o revezamento misto por equipes.

A prova será composta por 25 equipes, cada uma formada por um homem e uma mulher, que completarão a distância de 42km em quatro etapas de aproximadamente 10km cada, seguindo a ordem (homem, mulher, homem e mulher).

O Brasil vai com Caio Bonfim, que conquistou bronze na modalidade no Campeonato Mundial de 2023, e Viviane Lyra, oitava colocada na mesma competição, como representantes.

 



Na vela, o Kitesurfe (Fórmula Kite) e o Windsurfe (IQFoil) farão suas estreias nos Jogos Olímpicos.

No Kite, os atletas utilizam uma prancha e uma pipa para se manter sobre as águas. Bruno Lobo, bicampeão dos Jogos Pan-Americanos, representará o Brasil na modalidade. 

 

 
 
 
 
 
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Já no Wind, a composição se dá por uma prancha e uma vela, com um mastro e uma retranca. O velejador segura na retranca, como é chamada a barra horizontal que fica na vela, para controlar a direção. Nesta prova, o Brasil terá Mateus Isaac como representante. 

 



Fonte: Almanaque Olímpico e Guia Time Brasil (COB)