EUA

Candidato a vice de Trump homenageia a avó, dona de 19 armas

Vance continuou descrevendo como sua avó morreu em 2005, um pouco antes de ele sair de casa para servir na guerra do Iraque

Donald Trump e J.D. Vance - Kamil Krzaczynski/AFP

O candidato a vice-presidente de Donald Trump, J.D. Vance, destacou a história de sua família no discurso de quarta-feira na Convenção Republicana, ao recordar sua avó, proprietária de 19 armas.

Vance, que relatou sua difícil educação no 'best seller' "Hillbilly Elegy", refletiu sobre como sua cidade natal de Ohio foi arruinada pelo fechamento de fábricas e pelo vício.

"Eu tinha um anjo da guarda ao meu lado. Ela era uma mulher idosa que mal conseguia andar, mas era dura como pregos", disse.

"Eu a chamava de 'mamaw', o nome que nós, caipiras, dávamos às nossas avós", disse o senador de Ohio, de 39 anos, candidato à vice-presidência pelo Partido Republicano.

Vance continuou descrevendo como sua avó morreu em 2005, um pouco antes de ele sair de casa para servir na guerra do Iraque.

"Quando revisamos as coisas dela, encontramos 19 pistolas carregadas", afirmou, o que provocou gritos e aplausos.

"Estavam escondidas por toda a casa dela, debaixo da cama, no armário, na gaveta dos talheres... essa idosa frágil garantiu que, não importa onde estivesse, ela tivesse ao alcance de sua mão tudo que precisava para proteger sua família".

"É por isso que lutamos. Esse é o espírito americano", completou.

Os comentários de Vance aconteceram poucos dias após Trump, ex-presidente e candidato republicano às eleições de novembro, ter sobrevivido a uma tentativa de assassinato a tiros.

Trump foi ferido na orelha direita e um espectador do comício morreu no sábado em Butler, Pensilvânia. O atirador foi neutralizado pelos agentes do Serviço Secreto.

O presidente americano, Joe Biden, pediu a proibição do fuzil semiautomático AR-15 utilizado no ataque.

No discurso, Vance também homenageou a mãe, uma ex-viciada que está sóbria há quase 10 anos.

Vance sugeriu que a família poderia comemorar um novo aniversário de sobriedade em janeiro na Casa Branca, "se o presidente Trump concordar". O ex-presidente, que assistia ao discurso de um camarote, acenou de maneira positiva.