Pernambuco

Olimpíadas: conheça os perfis dos atletas pernambucanos que estarão em Paris

Érica Sena, Renata Arruda, Carol Almeida e José Fernando "Balotelli" representarão as cores de Pernambuco

Érica Sena, Carol Almeida, Renata Arruda e Fernando Balotelli são os representantes pernambucanos - Reprodução

Pernambuco estará representado por quatro atletas nos Jogos Olímpicos de Paris 2024. A experiente Érica Sena, da marcha atlética; a goleira do handebol, Renata Arruda; a promissora Carol de Almeida, do boxe; e o versátil José Fernando “Balotelli”, do decatlo, são os responsáveis por defenderem a bandeira do Estado na capital francesa. A Folha de Pernambuco traçou os perfis e as trajetórias dos atletas pernambucanos. 

Érica

Dona de uma vasta experiência, a camaragibense de 39 anos, Érica Sena chega para sua terceira edição (2016,2021 e 2024) em Jogos Olímpicos. Especialista na marcha atlética, a pernambucana já chegou bem perto do gosto de uma conquista olímpica. 

Na Olimpíada disputada no Rio, Érica ficou na 7ª colocação, melhor desempenho brasileiro da prova. Já em Tóquio, a marchadora viveu o drama de ver a medalha escapar. A pernambucana estava em terceiro lugar a somente 400 metros do final quando recebeu uma punição, perdendo o pódio e fechando na 11ª colocação. 

Érica é reconhecida pela sua capacidade de ser consistente e figurar entre as melhores em importantes provas do circuito internacional da marcha. A pernambucana é a atual 14ª no ranking da World Athletics, federação internacional de atletismo. 

 



"Falta pouco, mas minha preparação está indo muito bem e estou muito motivada para competir na minha terceira olimpíada", declarou à Gazeta Esportiva em abril

No cenário nacional, a atleta já esteve no lugar mais alto do pódio em pelo menos oito oportunidades nas provas de 20km. Nas Américas, a atleta possui duas medalhas em Jogos Pan-Americanos, prata em Toronto 2015 e bronze em Lima 2019. 

Em etapas de Mundial de Atletismo e Copa do Mundo de marcha, Érica também já esteve entre as melhores do mundo. Destaques para as medalhas de bronze nas Copas de 2016, na cidade de Roma, e na deste ano, em Antália, na Turquia, no último mês de abril.  

 Renata 

Considerada como uma das melhores goleiras de handebol na última temporada europeia, Renata Arruda conseguiu vaga para disputar sua segunda edição de Jogos Olímpicos. A olindense de 24 anos hoje defende o Gloria Bistrita, da Romênia, e cita que cresceu muito na parte da experiência. 

“Acredito que a diferença da Renata da Olimpíada de Tóquio para essa (Paris 2024) está na experiência. Hoje eu estou jogando numa liga competitiva (Campeonato Romeno), consegui um feito legal e bonito na competição europeia (melhor jogadora da Liga Europa) e eu acho que a experiência conta muito nesse tipo de competição”. 

 



Na Olimpíada de Tóquio 2021, Renata foi reserva da sua grande inspiração na posição de goleira, a lenda Babi Arenhart, campeã mundial em 2013. Mas em Paris a disputa pela posição será com Gabi Moreschi, eleita melhor goleira da última Champions League, principal competição de clubes do mundo. A pernambucana acha que a disputa é benéfica para o time. 

“A questão da titularidade vai depender muito de quem estiver melhor no momento. Eu acredito que é uma parte vantajosa para nós, termos duas goleiras podendo disputar a qualquer momento e qualquer tipo de jogo, então não acho que seja uma questão de disputa e sim de complemento”, declarou. 

Carol    

Fugindo de uma trajetória comum aos atletas olímpicos, Caroline de Almeida iniciou bem tarde no boxe. Mesmo com o começo tardio, a pugilista recifense de 32 anos já conquistou praticamente todos os títulos relevantes em seu esporte, faltando apenas a medalha olímpica na coleção. 

Essa será a primeira participação de Carol nos Jogos Olímpicos. Ela entrou na seleção brasileira permanente de boxe após as Olimpíadas de Tóquio 2021. O treinador da equipe brasileira, Mateus Alves, destacou que ela foi a única boxeadora que conseguiu bater uma atleta que estava prestes de ir para os Jogos e o fato chamou atenção. 

Carol Almeida, primeira pernambucana a disputar o boxe nos Jogos Olímpicos

“A primeira chamada dela para seleção foi depois de Tóquio, quando ela bateu a Graziele Jesus às vésperas dos Jogos e chamou nossa atenção. Nós temos uma lista de objetivos e desde então ela conseguiu o ouro no Pan-Americano e no Sul-Americano, bronze no Mundial de 2021, conseguiu atingir quase todas as metas e agora só resta as Olimpíadas”, disse o treinador. 

Carol é a primeira representante do Estado a chegar nas Olimpíadas na disputa do boxe e comemora sua presença em Paris. “São poucas as pernambucanas que conseguem ter essa representatividade em um evento global. Estou feliz de estar representando meu Pernambuco, meu país como a gente fala".

Fernando

José Fernando Ferreira, mais conhecido como Balotelli, será o responsável por colocar o município de Pesqueira, do agreste pernambucano, nos Jogos Olímpicos. Aos 25 anos, o atleta do decatlo chega para sua primeira participação. 

O pesqueirense é o melhor sul-americano da modalidade e foi medalha de prata no Pan-Americano do ano passado. O decatleta conseguiu a vaga via ranking da World Athletics, federação internacional de atletismo.

Fernando Balotelli, melhor sul-americano do declaton

Balotelli confessa ainda estar se acostumando com a ideia de ser um atleta olímpico. “O sentimento é de dever cumprido. Eu dediquei a minha vida nesse último ciclo olímpico para fazer acontecer essa vaga. A ficha ainda não caiu que eu vou estar nos Jogos Olímpicos”.