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Fiocruz: número de hospitalizações por influenza, VSR e rinovírus aumenta no Sudeste

Apesar de alguns estados apresentarem aumento nos registros de vírus respiratórios, o Boletim Infogripe sinalizou a diminuição de hospitalizações por Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no país.

Os dados se referem ao período entre 7 de junho e 13 de julho. - Timusi/Pixabay

O número de hospitalizações por influenza, vírus sincicial respiratório (VSR) e rinovírus aumentou na maioria dos estados do Sudeste do país, segundo o novo Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz ( Fiocruz), divulgado nesta quinta-feira (18).

Já na Região Norte, em Amapá, Roraima e Pará, os registros de VSR e rinovírus, responsável pelo resfriado comum, em crianças pequenas também têm crescido.

Os dados se referem ao período entre 7 de junho e 13 de julho, e também têm como base as análises do Sivep-Gripe até 29 de junho.

Apesar de alguns estados apresentarem aumento no número de hospitalizações por vírus respiratórios, o boletim sinalizou a diminuição nos registros de síndrome respiratória aguda grave (SRAG) no país. A Covid-19, por exemplo, mesmo que ainda circule em níveis baixos, é a segunda maior causa de óbitos por SRAG em idosos nas últimas semanas. A análise, portanto, registrou um leve aumento da atividade do coronavírus em alguns estados do Norte e Nordeste, com destaque para Ceará, Piauí e Amazonas, onde a maioria das hospitalizações por SRAG em idosos nas últimas semanas foi causada pelo vírus.

"Em caso de aparecimento de sintomas, além de procurar um médico, é importante, se possível, ficar em casa se recuperando e evitando transmitir esses vírus para outras pessoas, principalmente para aquelas que fazem parte do grupo do risco", orienta em comunicado a pesquisadora do Programa de Processamento de Computação Científica (Procc/Fiocruz) e do Boletim InfoGripe, Tatiana Portella, que também ressaltou a importância da vacinação contra a Covid-19 e influenza para as pessoas elegíveis.

Óbitos e notificações
Nas quatro últimas semanas epidemiológicas, a prevalência entre os casos positivos foi de 21,5% de influenza A, 1% de influenza B, 38,8% de vírus sincicial respiratório e 8,7% de Sars-CoV-2 (Covid-19). Entre os óbitos, os casos positivos foi de 40,7% para influenza A, 1,1% para influenza B, 17,9% para vírus sincicial respiratório e 26,2% para Sars-CoV-2 (Covid-19).

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Referente ao ano epidemiológico 2024, já foram notificados 97.469 casos de SRAG, sendo 47.401 (48,6%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 36.829 (37,8%) negativos, e 7.664 (7,9%) aguardando resultado.

Em relação aos óbitos de SRAG em 2024, já foram registrados 5.982, sendo 3.243 (54,2%) com resultado laboratorial positivo para algum vírus respiratório, 2.220 (37,1%) negativos, e 153 (2,6%) aguardando resultado.