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"Apagão cibernético" não afetou voos no Recife, afirma Aena

A Aena informou, por meio de nota oficial, que o "Apagão cibernético" não afetou nenhum dos 17 aeroportos sob a gestão da concessionária no Brasil, que sistemas "estão funcionando normalmente"

Aviões da Gol - Marcelo Camargo/Agência Brasil

Um "apagão cibernético" causou a interrupção de sistemas informáticos de voos nos Estados Unidos, transmissões de televisão no Reino Unido, telecomunicações na Austrália, instabilidade no sistema de alguns bancos aqui no Brasil, entre outros problemas ao redor do mundo.

O "apagão" foi ocasionado por uma “atualização defeituosa” em um software de cibersegurança, o CrowdStrike Falcon.

Para checar como estava a situação dos aeroportos no Brasil após a falha no sistema, a reportagem da Folha de Pernambuco entrou em contato com a Aeroportos Nordeste do Brasil S/A (Aena Brasil).

"Apagão cibernético" não afetou voos no Brasil
A Aena informou, por meio de nota oficial, que os sistemas do Aeroporto do Recife, assim como o de todos os 17 aeroportos sob a gestão da concessionária no Brasil, estão funcionando normalmente e não houve impactos às operações de pouso e decolagem".

No entanto, ainda segundo a Aena, por questões das companhias aéreas", até 13h desta sexta-feira (19) houve o registro de 34 voos com saídas atrasadas, sendo 15 no Recife, 10 em Congonhas, dois em Campina Grande, dois em Campo Grande e dois em Montes Claros, e mais um atraso nos seguintes aeroportos: Aracaju, Corumbá e Santarém. 

Além disso, quatro voos foram cancelados: dois em Congonhas, um em Uberaba e outro em Montes Claros.

O que é Crowdstrike Falcon?
Especialista da Universidade de Melbourne, Toby Murray explicou que o problema está ligado a uma ferramenta de segurança chamada Crowdstrike Falcon. A plataforma foi o primeiro produto lançado pela Crowdstrike, em 2013, para fornecer proteção de endpoint e inteligência contra ameaças.

"CrowdStrike é uma empresa global de segurança cibernética e inteligência de ameaças", disse Murray.

"Falcon é conhecido como uma plataforma de detecção e resposta de endpoint, que monitora os computadores nos quais está instalado para detectar invasões (ou seja, ações de hackers) e responder a elas", concluiu o especialista.

O CrowdStrike utiliza técnicas e aplicativos para um sistema antivírus considerado de última geração. É líder do setor e aposta na inteligência artificial e na aprendizagem de máquina para impedir ações de hackers antes que elas se efetivem. Trata-se de um sensor que pode ser instalado em sistemas de operacionais Windows, Mac ou Linux.

 
 
 
 
 
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São vários módulos de produtos que se conectam a um ambiente de "Soluções de Segurança de Endpoint", hospedado em nuvem. Um único agente, conhecido como Sensor CrowdStrike Falcon, implementa tais produtos — Soluções de Segurança de Endpoint, Operações de TI de Segurança, Inteligência de Ameaças, Soluções de Segurança na Nuvem e Soluções de Proteção de Identidade.

Fundada em 2011, a Crowdstrike já atuou nas investigações de ataques cibernéticos de grande repercussão, como aquele que afetou a Sony Pictures em 2014; o Comitê Nacional Democrata dos EUA, em 2015-16; e no vazamento de e-mails do mesmo comitê americano, em 2016.

Confira a lista dos aeroportos administrados pela Aena: