Michelle Bolsonaro aciona Gleisi no STF sobre fala de "roubo de joias", "rachadinha" e "golpe"
Ex-primeira-dama quer que deputada explique a que fatos se refere e qual teria sido sua participação
A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro apresentou nesta sexta-feira ao Supremo Tribunal Federal ( STF) um pedido para a deputada federal Gleisi Hoffmann (PT-PR) explicar uma declaração que a vinculou a "roubou de joias", "rachadinha" e "golpe de Estado".
Michelle quer que Gleisi seja obrigada a esclarecer a quais fatos está se referindo e qual teria sido sua conduta.
A declaração que está sendo questionada foi feita por Gleisi na semana passada na rede social X. A deputada e presidente do PT listou possíveis candidaturas ao Senado de membros da família Bolsonaro — além de Michelle, o deputado federal Eduardo (PL-SP) e o vereador Carlos (PL-RJ), e o já senado Flávio (PL-RJ) — e citou possíveis crimes que teriam sido cometidos por eles.
"Mais um negócio de família! Os Bolsonaros vão se lançar em peso para o Senado: Michele, Eduardo, Flavio e até o Carlos. Depois de roubar jóias para pagar suas contas, fazer rachadinhas pra comprar imóveis, tentar golpe pra se manterem no poder, vão atacar a política com estratégia familiar. Para eles o q importa é isso, se garantirem. Não é sobre Deus, Pátria e Família é só a própria, com muito dinheiro e poder", escreveu.
Na ação apresentada ao STF, Michelle afirma que a deputada atribuiu a ela "fatos criminosos sabidamente falsos e passíveis de macular acintosamente sua reputação perante seus pares e a própria sociedade brasileira, visto que é pessoa pública e conhecida no cenário político nacional".
Por isso, quer que o STF determine que Gleisi "esclareça sobre quais fatos está se referindo ao imputar à interpelante o suposto 'roubo de joias', 'rachadinhas' e 'golpe para se manter no poder'" e "esclareça objetivamente o contexto, indicando a conduta da interpelante" nesses supostos crimes.
Michelle chegou a ser investigada na apuração sobre um suposto esquema de desvio de joias da Presidência da República, mas não foi incluída na lista de indiciamentos feitos pela Polícia Federal (PF).
Seu marido, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), foi indiciado por peculato, associação criminosa e lavagem de dinheiro.