POLÍTICA

'Abin paralela': Kim Kataguiri processa União e pede R$ 80 mil

Deputado federal integra a lista de políticos que teriam sido espionados ilegalmente pela agência durante o governo Jair Bolsonaro

Kataguiri é um dos políticos que teriam sido monitorados de forma ilegal pela Abin. O deputado apoiou Bolsonaro na eleição de 2018, mas virou opositor. Além dele, a investigação da Polícia Federal cita outros parlamentares, ministros do Supremo Tribunal F - Democratas/Divulgação

Um dos alvos da suposta “Abin paralela” do governo Jair Bolsonaro (PL), o deputado federal Kim Kataguiri (União Brasil-SP) acionou a União na Justiça com um pedido de indenização de R$ 80 mil. Protocolada na Justiça Federal de São Paulo, a petição também pede que sejam fornecidas todas as informações sobre o parlamentar obtidas pelos órgãos de inteligência.

Kataguiri é um dos políticos que teriam sido monitorados de forma ilegal pela Abin. O deputado apoiou Bolsonaro na eleição de 2018, mas virou opositor. Além dele, a investigação da Polícia Federal cita outros parlamentares, ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), servidores e jornalistas.

“Gera inegável dano moral o uso da estrutura de inteligência do Estado para captar ou forjar informações com o objetivo de denegrir a imagem do Autor. Cumpre lembrar que o Autor, como político, depende da sua imagem”, diz a petição.

O monitoramento ilegal era feito por meio de sistemas adquiridos pela agência de inteligência. Conforme O GLOBO revelou em março do ano passado, os dados eram coletados por meio da troca de informações entre os celulares e antenas para conseguir identificar o último local conhecido da pessoa que porta o aparelho.

O sistema FirstMile foi utilizado durante a gestão Bolsonaro, quando o diretor da agência era Alexandre Ramagem, atualmente deputado federal pelo PL e pré-candidato à prefeitura do Rio.