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Lula diz que relação do Brasil "será com quem for eleito" nos EUA, após desistência de Biden

O presidente brasileiro ainda não havia se manifestado sobre a desistência de Biden da corrida eleitoral, anunciada no domingo, dia 21

Presidente Lula - Valter Campnato/Agência Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou seu respeito pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e disse que somente o democrata poderia decidir se seria ou não candidato ao pleito presidencial. Segundo Lula, a relação do Brasil será "com quem for eleito".

"Eu fiquei muito feliz quando o presidente Biden foi eleito e mais ainda pelos posicionamentos dele em defesa dos trabalhadores. Estabelecemos juntos uma parceria estratégica em defesa do trabalho decente no mundo. Eu gosto e respeito muito ele. Somente ele poderia decidir se iria ou não ser candidato", escreveu Lula em publicação no X, antigo Twitter, nesta segunda-feira, 22.

O presidente brasileiro ainda não havia se manifestado sobre a desistência de Biden da corrida eleitoral, anunciada no domingo, dia 21.

Lula afirmou que, agora, o Partido Democrata terá que escolher "uma candidata ou um candidato", "e que o melhor vença a eleição". "A relação do Brasil será com quem for eleito. Temos uma parceria estratégica com os Estados Unidos e queremos mantê-la."

No domingo, Biden anunciou que irá abrir mão de sua candidatura na disputa pela presidência americana contra o republicano Donald Trump. O anúncio ocorreu após semanas de tensão entre os democratas com as crescentes dúvidas sobre a saúde e a aptidão mental de Biden, aos 81 anos, para servir um segundo mandato.

No comunicado, Biden anunciou apoio público à vice-presidente Kamala Harris como candidata à Casa Branca. Em seguida, o presidente americano voltou às redes sociais para convocar os apoiadores do partido a realizar doações para a campanha de Kamala.

Conforme mostrou o Broadcast Político, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, integrantes do governo Lula avaliam que a desistência de Biden para concorrer à reeleição pode enfraquecer a campanha a favor de Trump.

Na visão de interlocutores, o possível lançamento de Kamala na disputa presidencial deve estimular diferentes grupos sociais a votarem, o que fortalece o Partido Democrata.