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Deportação de migrantes no Panamá é "iminente", diz EUA

Inóspita selva do Darién se tornou um corredor para milhares de migrantes que, saindo da América do Sul, tentam chegar aos Estados Unidos

Assessora regional de Segurança Interna dos Estados Unidos, Marlen Piñeiro - Reprodução/X

É "iminente" o início das "deportações e expulsões" em voos fretados e comerciais de migrantes que ingressam no Panamá através da inóspita selva do Darién, advertiu uma funcionária americana nesta terça-feira (23).

Essa floresta na fronteira entre a Colômbia e o Panamá se tornou um corredor para milhares de migrantes que, saindo da América do Sul, tentam chegar aos Estados Unidos, onde a migração será um tema central das eleições presidenciais de novembro.

"Já visitamos todos os aeroportos [...], visitamos o Darién, visitamos lugares onde vamos abrigar as pessoas, também falamos com as companhias aéreas, os contratantes, e já estamos nos detalhes finais", disse a assessora regional de Segurança Interna dos Estados Unidos, Marlen Piñeiro.

"Nós, neste momento, ainda estamos negociando [com o Panamá], mas o foco deste programa é deportações e expulsões", explicou em coletiva de imprensa na capital panamenha.

"Não quero dar uma data ainda, mas penso que já é iminente”, afirmou Piñeiro, que ressaltou que “sim, haverá um impacto" nos fluxos migratórios.

O Panamá e os Estados Unidos assinaram em 1º de julho um acordo pelo qual Washington contribuirá com 6 milhões de dólares (R$ 33,5 milhões) para financiar esse programa.

Em 2023, mais de meio milhão de pessoas, em sua maioria venezuelanos, cruzaram essa selva repleta de perigos como rios caudalosos, animais selvagens e grupos criminosos que roubam, violentam e matam.