SONO

Insônia: cientistas identificam 5 subtipos diferentes do distúrbio; entenda

As diferentes classificações levam em conta a personalidade e o humor do indivíduo

Insônia - canva

A insônia é um distúrbio do sono muito comum em pessoas adultas. Ela está associada à depressão, ansiedade e apneia do sono (causada pelo ronco). Seu principal sintoma é o corpo cansado que não consegue adormecer, o que causa um impacto físico e mental.

Nesse cenário, um novo estudo mostrou que existem cinco subtipos diferentes de insônia com base nos traços de personalidade e humor do indivíduo.

“Eu queria saber se essas cinco categorias seriam refletidas na substância branca do cérebro e acontece que elas provavelmente são!

Parece que as alterações na substância branca variam entre diferentes subtipos de insônia", explica o neurocientista Tom Bresser, estudante de doutorado do Instituto Holandês de Neurociências, em Amsterdã, um dos autores principais do estudo publicado na revista científica Biological Psychiatry.

A pesquisa realizada pela equipe de cientistas analisou dados de ressonância magnética de 200 pessoas com insônia e 73 pessoas sem qualquer dificuldade para dormir. A partir disso, eles notaram que existia uma diferenciação na estrutura cerebral e na maneira que o distúrbio se desenvolvia.

Os cinco subtipos da insônia encontrados foram:

Altamente angustiado;

Moderadamente angustiado sensível à recompensa;

Moderadamente angustiado, insensível a recompensas;

Ligeiramente angustiado muito reativo;

Ligeiramente angustiado pouco reativo.

“Essa pesquisa ajuda principalmente na nossa compreensão da insônia e de onde ela vem. Esperamos que isso possa ajudar a melhorar os tratamentos de insônia porque entendemos melhor os circuitos cerebrais envolvidos", explica.

Ainda que os subtipos não ditem quando a insônia se torna mais ou menos grave, para os pesquisadores conseguir identificá-los pode significar tratamentos específicos e mais eficazes para quem sofre com a privação do sono.

"Todos têm o mesmo rótulo, mas há muitas diferenças entre suas experiências e os sintomas de insônia. Se em algumas pessoas o circuito cerebral emocional está mais envolvido, talvez a terapia deva se concentrar nesse aspecto em particular”, conclui Bresser.