Vamos ser parceiros do Brasil na Aliança Global contra fome, diz presidente do Banco Mundial
Em discurso nesta quarta, em evento paralelo às reuniões do G20 no Rio de Janeiro, o executivo prometeu que o Banco Mundial vai auxiliar a Aliança na realização e novos diagnósticos
O presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, disse nesta quarta-feira (24) que a instituição será um dos parceiros que vai liderar a Aliança Global contra a Fome e a Pobreza.
A plataforma, que foi proposta pelo presidente Lula na Cúpula do G20 em Nova Délhi em 2023, será lançada em novembro deste ano com o objetivo de ligar regiões necessitadas a países e entidades que se propõem a financiar projetos.
Em discurso nesta quarta, em evento paralelo às reuniões do G20 no Rio de Janeiro, o executivo prometeu que o Banco Mundial vai auxiliar a Aliança na realização e novos diagnósticos, "país por país", sobre a incidência da fome, pobreza e alcance da rede de proteção social para que os governos locais possam adotar políticas públicas "bem informadas".
"Vamos deixar recursos mais disponíveis para que os países possam fazer escolhas a partir dessa cesta de políticas contra a fome", disse Banga, completando que o objetivo da instituição é garantir financiamentos capazes de apoiar meio bilhão de pessoas até o fim da década.
"Existe um potencial muito grande hoje com Lula para a gente reduzir a pobreza no mundo", disse Banga. O executivo observou a necessidade de expandir terras agricultáveis em países mais atingidos pela fome e a pobreza, observando que o mundo está muito abaixo do uso apropriado da terra.
"Podemos aprender com a Embrapa e produzir melhor, fazer mais colheitas com a mesma terra, ter mais produtividade", disse Banga.
Na sequência, Qu Dongyu, diretor geral da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/ONU), voltou a discursar e fez longo elogio aos esforços do presidente Lula no combate à fome.
"O Brasil fez um progresso formidável, diminuindo o porcentual dos que estão com fome em 2023", disse Qu cumprimentando Lula e o País por terem levado o tema da fome ao "nível mais alto do mundo".