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Rússia filma momento de interceptação por caças dos EUA e do Canadá perto do Alasca

Imagens dos bombardeiros nucleares TU-95 da Rússia mostram o momento da decolagem

Rússia divulga vídeos de operação de patrulha interceptada por Canadá e EUA - Ministério da Defesa da Rússia/Divulgação

O Ministério da Defesa da Rússia divulgou imagens captadas por seus bombardeiros nucleares TU-95, interceptados por caças dos Estados Unidos e do Canadá perto do Alasca, enquanto participava de uma operação de patrulha conjunta com a China.

Nenhum avião envolvido no encontro foi abatido, anunciaram autoridades russas, chinesas e dos países da América do Norte.

As imagens mostram o momento da decolagem dos bombardeiros russos, com capacidade de levar armas nucleares, o sobrevoo de algumas regiões, o encontro com os bombardeiros chineses durante a patrulha, e a visualização dos caças americanos e canadenses.

"Portadores de mísseis estratégicos TU-95MS e os bombardeiros estratégicos Xian H-6 da força aérea chinesa realizaram uma patrulha aérea sobre os mares de Chukchi e Bering e o norte do Oceano Pacífico", disse a Rússia em um comunicado. "Em certas etapas da rota, o grupo de aviação foi acompanhado por caças de países estrangeiros".

O Comando de Defesa Aeroespacial da América do Norte (Norad, na sigla em inglês) comunicou que os bombardeiros permaneceram no espaço aéreo internacional na Zona de Identificação de Defesa Aérea do Alasca e "não foram vistos como uma ameaça" e nem invadiram espaço aéreo exclusivo dos países. Apesar disso, caças F-16, F-35 e CF-18 foram enviados para a interceptação.

As interceptações de aeronaves russas nesta área são relativamente comuns, mas de acordo com uma fonte de Defesa americana ouvido pela rede americana CNN, essa é a primeira vez que os dois países foram interceptados em uma missão conjunta — embora Moscou e Pequim costumem realizar exercícios em outras partes do Pacífico.

Por sua vez, a China esclareceu que a ação foi apenas de patrulha, sem caráter ofensivo contra nenhuma outra nação.

— Esta ação não é dirigida contra um terceiro, está de acordo com o direito internacional e não tem nada a ver com a atual situação internacional e regional — disse Zhang Xiaogang, porta-voz do Ministério da Defesa chinês. (Com AFP)