"Gripe do Teflon": panelas antiaderentes podem ser nocivas?
Gases tóxicos podem ser liberados quando estes objetos são colocados em altas temperaturas
O aumento de casos da "gripe do Teflon" ou febre da fumaça do polímero nos Estados Unidos reacendeu o debate sobre o uso de panelas antiaderentes.
Os instrumentos utilizados na cozinha para facilitar o preparo de alimentos é suspeito de ter deixado 265 pessoas doentes no ano passado, segundo levantamento feito pelo Centro Americano de Envenenamento.
Como a ciência explica esse fenômeno?
Ao serem superaquecidas, ou seja, colocadas em temperaturas acima dos 260 graus Celsius, a panela pode liberar gases tóxicos por conta da presença do politetrafluoroetileno (PTFE), mais conhecido pelo nome comercial Teflon, presente no revestimento antiaderente.
"Quando o PTFE é aquecido a temperaturas muito altas, especialmente acima de 500 graus Fahrenheit, ele pode se quebrar em partículas finas que podem entrar nos pulmões e causar sintomas respiratórios", explica Kelly Krisna Johnson-Arbor, toxicologista médica do MedStar Georgetown University Hospital, a um portal de medicina.
Ao serem inalados e já circulando no organismo, esses gases causam sintomas semelhantes aos da gripe. São eles:
Febre;
Calafrios;
Tosse;
Náusea;
Fadiga;
Dores de cabeça.
Estudo aponta outros riscos
Uma pesquisa feita pela Universidade de Newcastle, na Austrália, que usou ondas de luz para medir partículas microscópicas, descobriu que um único arranhão em uma panela antiaderente pode liberar milhões de microplásticos tóxicos em alimentos e casas.
As substâncias chamadas de per e polifluoradas (PFAS), também conhecidas como “produtos químicos para sempre”, pois levam quase uma década para se decompor no corpo e nunca se decompõem no meio ambiente, são partículas à prova de calor e bastões usadas para fazer milhões de itens de cozinha nos EUA.