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México reconhecerá resultados de autoridade eleitoral da Venezuela, diz presidente

O CNE proclamou o presidente para um terceiro mandato consecutivo de seis anos com 5,15 milhões de votos (51,2%), após a apuração de 80% dos votos

Presidente do México, Andrés Manuel López Obrador - Reprodução/ Internet

O presidente do México, Andrés Manuel López Obrador, disse, nesta segunda-feira (29), que seu governo reconhecerá o resultado das eleições presidenciais que for determinado pela autoridade eleitoral da Venezuela, que declarou Nicolás Maduro vencedor em meio a denúncias de fraude.

"Vamos esperar pelo resultado, feita a recontagem, veremos qual é o processo legal e depois faremos uma declaração", disse López Obrador em sua habitual coletiva de imprensa matinal.

"Se a autoridade eleitoral confirmar esta tendência, reconheceremos o governo eleito pelo povo da Venezuela", acrescentou o presidente mexicano, ao mostrar um gráfico com os resultados da apuração de 80% dos votos apresentado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE) venezuelano, de viés governista.

Maduro foi reeleito no domingo para um terceiro mandato consecutivo de seis anos, em meio a denúncias de fraude por parte da oposição, que reivindicou a vitória de seu candidato, Edmundo González Urrutia.

O CNE proclamou o presidente para um terceiro mandato consecutivo de seis anos com 5,15 milhões de votos (51,2%), após a apuração de 80% dos votos. González Urrutia obteve 4,45 milhões de votos (44,2%), segundo esse primeiro boletim.

Na região, os governos de Argentina, Costa Rica, Equador, Guatemala, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana e Uruguai exigiram, nesta segunda-feira, a "revisão completa dos resultados eleitorais" na Venezuela.

Em declarações separadas, os governos do Brasil e da Colômbia também apelaram à verificação imparcial dos votos para dar transparência e credibilidade ao processo eleitoral.

Os Estados Unidos, por sua vez, expressaram sua "séria preocupação" pelo fato de o resultado anunciado na Venezuela não refletir a vontade do povo e pediram uma recontagem "justa e transparente", declarou o secretário de Estado Antony Blinken.