Israel "desferiu golpes devastadores" contra seus inimigos nos últimos dias, diz Netanyahu
"Eliminamos o braço direito de Hassan Nasrallah [o líder do Hezbollah] que era o responsável direto por um massacre de crianças", disse o primeiro-ministro
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, afirmou, nesta quarta-feira (31), que seu país "desferiu golpes devastadores" contra seus inimigos nos últimos dias, mencionando a morte do comandante do movimento libanês Hezbollah, Fuad Shukr, em um bombardeio perto de Beirute.
Durante discurso televisionado, o dirigente israelense não fez nenhuma referência sobre a morte, em Teerã, do líder político do movimento islamista palestino Hamas, Ismail Haniyeh.
Mas defendeu a campanha militar israelense em Gaza e garantiu que, se seu país tivesse sucumbido à pressão para interromper a guerra no território palestino, "não [teria] eliminado lideranças do Hamas e milhares de terroristas".
Por sua vez, Netanyahu falou explicitamente sobre a morte de Shukr na terça-feira. Israel responsabilizou o comandante do Hezbollah pelo ataque com foguetes contra um campo de futebol no sábado, no território anexado das Colinas de Golã, que causou a morte de 12 crianças.
"Eliminamos o braço direito de Hassan Nasrallah [o líder do Hezbollah] que era o responsável direto por um massacre de crianças", disse o primeiro-ministro.
"Acertamos nossas contas com Mohsen e acertaremos nossas contas com qualquer pessoa que nos faça mal", declarou, utilizando o nome de guerra de Shukr.
"Qualquer um que mate nossas crianças, qualquer um que assassine nossos cidadãos, qualquer um que faça mal a nosso país - sua cabeça tem um preço", acrescentou.
O movimento libanês xiita vinculado ao Irã negou responsabilidade pelo ataque de sábado no Golã.
A guerra em Gaza começou em 7 de outubro de 2023, quando milicianos islamistas atacaram o sul de Israel e mataram 1.197 pessoas, a maioria civis, segundo um balanço da AFP com base em dados oficiais israelenses.
Os combatentes também sequestraram 251 pessoas. O Exército israelense estima que 111 permanecem em cativeiro em Gaza, das quais 39 teriam morrido.
Em resposta, Israel lançou uma campanha militar em Gaza que já provocou a morte de pelo menos 39.445 pessoas, segundo o Ministério da Saúde do território governado pelo Hamas.