Partido de Bolsonaro proíbe coligações com PT, PSOL e mais três siglas nas eleições deste ano
Quem desrespeitar a decisão ficará sujeito ao código disciplinar do PL
O PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, emitiu um comunicado a seus filiados, nesta sexta-feira, visando as eleições deste ano, no qual proíbe coligações dos seus quadros com partidos do campo da esquerda. A circular, assinada pelo presidente nacional da legenda, Valdemar da Costa Neto, cita a federação formada por PT, PCdoB e PV, e o grupo formado por PSOL e Rede.
O texto define punições para quem infringir a regra: o diretório que permitir alianças com esses partidos estará sujeito a medidas disciplinares previstas no Código de Ética do PL. A Executiva Nacional da legenda ainda poderá intervir nas convenções locais.
A determinação da sigla bolsonarista tenta impedir locais em que a rivalidade é deixada de lado, em cidades onde PT e PL governam em conjunto.
No ano passado, o Partido dos Trabalhadores aprovou uma resolução que abre brecha para alianças com o partido de Bolsonaro nas eleições de outubro, com veto somente a candidatos bolsonaristas. Em um documento divulgado, dirigentes petistas defendem a celebração de acordos com o PL nos municípios onde houver interesses convergentes.
Pouco tempo depois dessa decisão, o presidente do PL, Valdemar Costa Neto, foi às redes sociais dizer que não existe “nenhuma hipótese” de coligação com o PT.
“Somos oposição e assim seguiremos”, escreveu Valdemar no “X”, o antigo Twitter.
Principal abrigo da direita e da extrema direita no país, o PL fez parte da base dos governos do PT e, na eleição presidencial de 2002, indicou José Alencar para ser vice de Lula.
O partido que hoje tem Bolsonaro como seu principal representante, ocupou, além da vice-presidência, espaços de relevância nas gestões petistas, como o Ministério dos Transportes.