Violência

Reino Unido registra novos confrontos após morte de três meninas em um ataque com faca

Em Londres, a Polícia Metropolitana informou que aumentou seus efetivos "para tranquilizar" a população

Pessoas protestam após ataque no Reino Unido - BENJAMIN CREMEL / AFP

O centro da cidade de Sunderland é palco de "confrontos", relatou a polícia britânica nesta sexta-feira (2), com expectativa de novos protestos no fim de semana, após violentas manifestações em resposta à morte de três meninas em um ataque com faca.

Um jovem de 17 anos, Axel Rudakubana, foi acusado na véspera pelo assassinato das três menores e da tentativa de assassinato de outras 10 pessoas durante uma aula de dança na segunda-feira em Southport, no norte da Inglaterra.

"Ocorrem confrontos", afirmou a polícia de Sunderland nesta sexta, no nordeste da Inglaterra, temendo o retorno da violência que abalou o país durante a semana.

Em Londres, a Polícia Metropolitana informou que aumentou seus efetivos "para tranquilizar" a população da capital, onde está prevista uma marcha pró-palestina e uma concentração contra a imigração.

A polícia de Merseyside, condado em que fica Southport - onde 50 policiais ficaram feridos em confrontos na terça-feira -, também disse estar preparada para enfrentar novos distúrbios e aumentou o policiamento no centro de Liverpool.

Entre duzentas e trezentas pessoas - simpatizantes da ultradireitista e anti-Islã Liga de Defesa Inglesa (EDL), segundo a polícia - participaram na terça-feira de confrontos, em um contexto de rumores e especulações disseminados na internet sobre religião, identidade ou origem do autor do ataque.

As forças policiais preveem manifestações nos próximos dias em várias cidades, incluindo Nottingham (centro da Inglaterra), Rotherham (norte da Inglaterra), Cardiff (País de Gales) e Belfast (Irlanda do Norte).

Os confrontos em Southport, onde uma mesquita foi atingida, levaram os responsáveis pelos templos de culto muçulmanos a reforçar sua segurança.

O primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, manifestou na quinta-feira sua firmeza e apoio à polícia diante do aumento das manifestações violentas, "claramente" alimentadas pelo "ódio da extrema direita".