Eleições na Venezuela

União Europeia afirma que vitória eleitoral de Maduro "não pode ser reconhecida"

Em comunicado, Conselho da União Europeia afirma que não há provas que sustentem a vitória de Nicolás Maduro

Resultado das eleições que aponta reeleição de Nicolás Maduro causa protestos na Venezuela - Oscar Del Pozo/ AFP

A vitória nas eleições presidenciais da Venezuela concedida oficialmente pela autoridade eleitoral ao atual mandatário, Nicolás Maduro, "não pode ser reconhecida", afirmou a União Europeia (UE) neste domingo (4).

"Na ausência de provas que os sustentem, os resultados divulgados em 2 de agosto pelo Conselho Nacional Eleitoral não podem ser reconhecidos", indicou o Conselho da União Europeia em um comunicado, com pedidos por uma "verificação independente".

Diferentemente dos Estados Unidos e de outros países, a UE se absteve de reconhecer a vitória do candidato opositor, Edmundo González Urrutia.

“As cópias das atas eleitorais divulgadas pela oposição e revisadas por organizações independentes indicam que Edmundo González Urrutia parece ter vencido as eleições presidenciais por uma maioria significativa. A União Europeia pede, portanto, uma nova verificação independente das atas eleitorais, se possível por uma entidade de reputação internacional”, diz o comunicado.

A UE também pediu ao governo venezuelano "que ponha fim às prisões arbitrárias, à repressão e à retórica violenta contra os membros da oposição e da sociedade civil, e que liberte todos os presos políticos".