ELEIÇÕES SP

Tabata anuncia Lúcia França, esposa de Márcio França, como vice na disputa pela Prefeitura

Segundo a candidata, pela primeira vez nas eleições paulistanas, uma chapa é composta por duas mulheres

Tabata Amaral (PSB) e sua candidata a vice-prefeita, professora Lúcia França (PSB), esposa do ministro Márcio França (PSB) - Pablo Saborido/divulgação

A professora Lúcia França (PSB), esposa do ministro do Empreendedorismo Márcio França (PSB), foi anunciada como candidata a vice-prefeita de São Paulo na chapa de Tabata Amaral, também do PSB.

O nome de Lúcia já era cotado para a posição, mas disputava espaço com a indicada do vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB), sua esposa Lu Alckmin.

Alckmin e França são os principais fiadores da pré-candidatura da deputada federal. Essa é a quarta chapa "puro-sangue", com integrantes do mesmo partido, anunciada para o pleito deste ano da capital paulista.

A informação foi confirmada pela campanha de Tabata e a candidata reforçou que pela primeira vez nas eleições paulistanas, uma chapa é composta por duas mulheres.

Anteriormente, ao Estadão, o ministro França ponderou que Lu Alckmin seria "fantástica" como vice. Mas, por residir em Brasília e por nunca ter disputado uma eleição na capital paulista, não seria fácil viabilizar a formação dessa chapa.

"A Lúcia (França) se envolveu com essa história de mais mulheres no PSB, teve disputa na eleição com Haddad. Então acabou ficando uma marca interessante também", ressalta o ministro sobre sua esposa.

A candidatura de Tabata já havia sido oficializada na convenção que ocorreu na semana passada, mas havia delegado para a Executiva do partido o poder da decisão sobre quem seria a vice na chapa e a costura de alianças com outros partidos.

Essa brecha é uma estratégia comum em convenções partidárias, mas, no caso de Tabata, ganhou relevância diante do racha interno vivido pelo PSDB, partido que ela tentava conquistar o apoio.

Aliados da deputada disseram ao longo das últimas semanas que ainda acreditavam na desistência de Datena, mas passaram a admitir que a possibilidade se tornou remota à medida que o jornalista dava sinais que desta vez estará mesmo nas urnas — como a participação em entrevistas e sabatinas, a contratação de um marqueteiro e a ida ao Mercadão Municipal, primeiro ato de pré-campanha na rua que o apresentador fez na vida.