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Rússia declara fundação alemã Konrad Adenauer "indesejável"

A fundação afirma que suspendeu suas atividades em território russo após o início da ofensiva da Ucrânia, o que faz a decisão aparentar ser simbólica

Edifício da Fundação Konrad Adenauer em Sankt Augustin, Alemanha. - Reprodução/Wikipédia

A fundação alemã Konrad Adenauer, organização cujo principal objetivo é promover a democracia, foi declarada "indesejável", e portanto proibida, na Rússia, anunciou nesta segunda-feira(5) o gabinete do procurador-geral russo.

Esta decisão parece ser principalmente simbólica já que a fundação afirma que suspendeu suas atividades em território russo após o início da ofensiva na Ucrânia em fevereiro de 2022 e já não está mais presente no país.

A fundação "divulga documentos que descredibilizam os dirigentes da Federação da Rússia, sua política interna e externa, o trabalho das forças de ordem e o sistema judicial" e "promove ativamente a política dos Estados hostis" em relação à Ucrânia, indicou o gabinete do procurador-geral em um comunicado.

Suas atividades informativas, "de natureza abertamente provocadora, pretendem complicar as relações entre a Rússia e os países ocidentais", afirmou.

A Fundação Konrad Adenauer foi estabelecida na Rússia em 1990, ao final da Guerra Fria, com escritórios em Moscou e São Petersburgo.

"O regime russo intensifica sua repressão, buscando intimidar seus próprios cidadãos e isolá-los das ideias liberais e democráticas", criticou nesta segunda-feira um porta-voz da organização.

Com mais de 1.000 colaboradores e 100 escritórios em todo o mundo, segundo seu site alemão, a fundação afirma trabalhar para promover a democracia, o Estado de direito, as liberdades e a economia social de mercado, assim como aproximar a Alemanha dos países onde opera.

Desde o lançamento de sua ofensiva militar na Ucrânia em fevereiro de 2022, o governo russo não deixou de intensificar a repressão a todas as vozes dissidentes.

No mês passado, o gabinete do procurador-geral da Rússia proibiu o jornal russo "The Moscow Times".