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Rússia afirma ter repelido incursão ucraniana em região fronteiriça

Porta-voz do Exército ucraniano se negou a comentar sobre a situação na fronteira

Serviço De Imprensa Presidencial Ucraniano / AFP

A Rússia afirmou, nesta terça-feira (6), ter repelido uma tentativa de incursão do Exército ucraniano na região fronteiriça de Kursk, após várias operações similares reivindicadas nos últimos meses por um grupo de combatentes pró-Kiev.

O governador interino de Kursk, Alexei Smirnov, também informou no Telegram que três civis morreram durante o dia em ataques ucranianos nesta região russa.

Segundo ele, soldados do Exército ucraniano realizaram "tentativas de incursão" nos distritos de Sudzhan e Korenevski.

"Os soldados do serviço de guarda fronteiriça e as forças armada russas impediram o cruzamento da fronteira", afirmou no Telegram, qualificando a situação de "díficil".

Consultado pela AFP, um porta-voz do Exército ucraniano se negou a comentar sobre a situação na fronteira.

As forças russas "fracassam em sua defesa" da região de Kursk, assegurou Andri Kovalenko, um funcionário do Conselho Nacional de Segurança e Defesa ucraniana, sem dar mais detalhes.

Smirnov também reportou nesta terça-feira "bombardeios maciços" e ataques de drones ucranianos dirigidos à sua região, que causaram pelo menos três mortes de civis e 13 feridos, incluindo quatro crianças.

Várias incursões de combatentes armados na Rússia ocorreram desde o início da ofensiva russa contra a Ucrânia em fevereiro de 2022.

Em várias ocasiões, essas incursões foram reivindicadas pela "Legião Liberdade da Rússia" e pelo "Corpo de Voluntários Russos", grupos que se apresentam como formados por combatentes russos pró-Kiev e que Moscou classifica como "organizações terroristas".

Suas operações aumentam a pressão sobre as localidades russas próximas à Ucrânia, submetidas regularmente a bombardeios mortais em represália pelos ataques russos no território ucraniano.

As forças russas afirmam ter repelido essas incursões todas as vezes, mas algumas delas obrigaram Moscou a utilizar sua artilharia e aviação.