religião

Judeus ultraortodoxos contrários ao serviço militar invadem base em Israel

O Exército condenou o "comportamento violento" dos manifestantes e insistiu que devem ser "levados à Justiça"

Membros das forças de segurança israelenses passam por manifestantes ultraortodoxos protestando no primeiro dia em que homens judeus religiosos foram solicitados a se alistarem para o serviço militar obrigatório - Oren Ziv / AFP

Judeus ultraortodoxos opostos ao serviço militar obrigatório em Israel invadiram nesta terça-feira (6) uma base perto de Tel Aviv, informou o Exército.

"Dezenas de manifestantes tentaram invadir a base de Tel Hashomer durante as manifestações que ocorreram do lado de fora" do complexo, sede da unidade de recrutamento do Exército israelense, afirmou um comunicado.

Alguns manifestantes, membros de grupos radicais dentro do judaísmo ultraortodoxo, conseguiram entrar na base, segundo a mesma fonte.

O Exército condenou o "comportamento violento" dos manifestantes e insistiu que devem ser "levados à Justiça".

Historicamente os ultraortodoxos eram isentos do serviço militar obrigatório em Israel para se dedicarem ao estudo dos textos sagrados do judaísmo, com base em uma regra estabelecida por David Ben Gurion, fundador do Estado de Israel, em 1948.

Mas em junho, a Corte Suprema determinou a conscrição dos estudantes das escolas talmúdicas, estimando que o governo não tem direito de manter a dispensa "na ausência de um marco legal adequado".

Os ultraortodoxos representam aproximadamente 14% da população judaica de Israel, segundo o Instituto Israelense para a Democracia (IDI), ou seja, cerca de 1,3 milhão de pessoas.

Aproximadamente 66.000 homens ultraortodoxos em idade de servir ainda se beneficiam da exceção do serviço militar, segundo o Exército.