Greve de ônibus no Recife: rodoviários definem paralisação para próxima segunda (12)
Categoria optou por rejeitar a proposta da Urbana-PE e autorizar a greve dos rodoviários a partir de segunda-feira (12)
Após trabalhadores de todas as 12 empresas de ônibus que operam no Grande Recife votarem a favor de uma greve geral, a data da paralisação foi oficialmente confirmada na noite desta quarta-feira (7).
Reunida em assembleias realizadas nas garagens das operadoras, a categoria optou por rejeitar a proposta da Urbana-PE e autorizar a greve dos rodoviários para a próxima segunda-feira, dia 12 de agosto.
De acordo com o Sindicato dos Rodoviários do Recife e Região Metropolitana, mais de 800 trabalhadores opinaram a favor da medida.
À Folha de Pernambuco, o presidente da entidade, Aldo Lima, afirmou que a categoria ainda está aberta a ouvir novas propostas da Urbana-PE, que representa as empresas de ônibus.
"A categoria rejeitou a proposta da Urbana porque ela não abarca as necessidades do trabalhador. Ainda não fizeram nova proposta, mas estamos abertos a conversar. Se fizerem alguma proposta para nós, vamos conversar com a categoria para ver o próximo passo", destacou.
Entre as reivindicações, os trabalhadores pedem o aumento real do salário, a gratificação de dupla função, o fim do controle de jornada por GPS e do tempo de bandeira, que desconta do pagamento mensal o tempo que o veículo fica parado no terminal.
Além disso, o grupo também espera a implementação de um plano de saúde único para toda a categoria, pago pelas empresas.
Os rodoviários negociam os reajustes com a Urbana-PE há cerca de um mês.
Segundo o sindicato, no entanto, as propostas não apresentaram melhorias significativas.
Os motoristas alegam ainda que a empresa é capaz de oferecer, financeiramente, condições melhores do que foi determinado até agora.
Uma das propostas atuais é de 0,5% de aumento do salário acima da inflação. O pedido dos rodoviários, no entanto, foi de 5% de reajuste real.
A Urbana-PE propôs ainda um valor de R$ 400 para o vale-alimentação, além de um abono de R$ 180 para quem exerce a dupla função - também não aceitos pela categoria.
Há ainda a instituição de um plano de saúde para os trabalhadores, que até hoje não contam com o benefício, assim como o controle das horas trabalhadas.