RD Congo condena à morte 26 pessoas envolvidas na rebelião do M23
O Movimento 23 de Março (M23), tomou grandes extensões de território nos últimos anos, causando mortes e deslocamentos generalizados
A justiça militar da República Democrática do Congo condenou 26 pessoas à morte nesta quinta-feira (8), 21 delas foragidas, por seu envolvimento na rebelião do M23, um movimento apoiado por Ruanda.
Os réus foram acusados de "crimes de guerra", "participação em um movimento insurrecional" ou "traição", e foram considerados culpados desses crimes sem que nenhuma circunstância atenuante fosse admitida, de acordo com a sentença proferida pelo tribunal militar em Kinshasa-Gombe.
O Movimento 23 de Março (M23), um grupo majoritariamente de etnia tútsi, tomou grandes extensões de território na província de Kivu do Norte, no leste do país, nos últimos anos, causando mortes e deslocamentos generalizados.
A acusação pediu 25 penas de morte e uma sentença de 20 anos de prisão, enquanto a defesa dos cinco réus presentes no julgamento, que começou em 24 de julho, pediu sua absolvição.
O principal acusado, foragido, era Corneille Nangaa, ex-presidente da Comissão Eleitoral Nacional da República Democrática do Congo, que anunciou em dezembro passado, do Quênia, a criação de um movimento político-militar, a Alliance Fluve Congo (AFC), que inclui o M23, grupo do qual ele é o coordenador.
Os cinco réus fisicamente presentes no julgamento têm cinco dias para recorrer da sentença, de acordo com o presidente do tribunal, Coronel Robert Efomi.
O leste da República Democrática do Congo, rico em minerais, tem sido palco de combates há 30 anos entre grupos armados locais e estrangeiros.
Ruanda acusa o país de apoiar o M23, o que Kigali nega.