Economia

Preço dos alimentos cai 1% em julho, maior retração desde 2017

Itens in natura, como cenoura e tomate, tiveram queda de até 30% em um mês. Melhora das condições climáticas explica resultado

Supermercado - Valter Campanato/Agência Brasil

Depois de nove meses de alta, os preços dos alimentos registraram queda de 1% em julho, segundo dados do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) divulgados pelo IBGE nesta sexta-feira.

Trata-se da maior retração desde agosto de 2017, quando o grupo Alimentação e bebidas recuou 1,07%.

A alimentação no domicílio caiu 1,51% em julho. As principais quedas foram do tomate (-31,24%), da cenoura (-27,43%), cebola (-8,97%), batata inglesa (-7,48%) e das frutas (-2,84%).

Clima favorável à produção

A queda nos preços dos alimentos em julho reflete o novo cenário para a produção de alimentos in natura no país.

Durante o primeiro semestre do ano, mudanças climáticas impulsionadas pelo fenômeno El Niño atrapalharam o cultivo de itens da cesta de hortifruti e impediram queda nos preços.

Agora, o cultivo de hortaliças, legumes e verduras é menos afetado por conta das temperaturas mais amenas.

— Os tubérculos, raízes e legumes têm queda explicada pela maior oferta desses alimentos no mercado, por conta de melhores condições climáticas e intensificação da safra e da produção. (...) Há uma maior oferta dos alimentos de maneira geral, com intensificação da safra, em itens como tomate, batata-inglesa e cenoura, por exemplo — explica o gerente do IPCA, André Almeida.