MANIFESTAÇÃO

Ativista americano é baleado em manifestação na Cisjordânia

Contatado pela AFP, o Exército israelense afirmou que está verificando as informações

Ativista recebeu os cuidados médicos necessários - Jaafar Ashtiyeh/AFP

Um ativista americano disse à AFP que foi baleado e ferido na perna pelo Exército israelense nesta sexta-feira (9), em uma manifestação contra a expansão de assentamentos na cidade de Beita, na Cisjordânia ocupada.

"Havia uma manifestação e estávamos lá para gravar, para garantir que veríamos o Exército de ocupação [israelense] e, em um determinado momento, saímos correndo e me deram um tiro na perna", disse à AFP o ativista, que pediu para usar um pseudônimo, Amado Sison, por motivos de segurança.

Contatado pela AFP, o Exército israelense afirmou que está verificando as informações.

O Crescente Vermelho palestino disse em um comunicado que suas equipes estavam atendendo um ativista estrangeiro que havia sido baleado em uma manifestação, sem identificá-lo.

"Nossas equipes estão tratando o ferimento de um ativista estrangeiro de 40 anos que foi baleado na coxa durante os confrontos com as forças de ocupação", disse a fonte.

Protestos
Um manifestante disse à AFP que os ativistas estrangeiros frequentemente se juntam aos palestinos que protestam toda semana contra a expansão dos assentamentos em Beita, no norte da Cisjordânia, ocupada por Israel desde 1967.

O território abriga cerca de três milhões de palestinos que vivem junto de quase 490 mil colonos israelenses.

Desde o início da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas, em 7 de outubro, na Faixa de Gaza, as tensões aumentaram na Cisjordânia ocupada.

Pelo menos 617 palestinos foram mortos pelo Exército israelense ou por colonos, de acordo com uma contagem da AFP baseada em números oficiais palestinos.

Pelo menos 17 israelenses, incluindo soldados, foram mortos em ataques palestinos na Cisjordânia ocupada durante o mesmo período, de acordo com dados oficiais israelenses.