Greve

Greve dos rodoviários: TRT-6 determina retorno de 60% da frota nos horários de pico; entenda

Greve iniciou nesta segunda-feira (12) e atinge mais de 1 milhão de passageiros no Recife e Região Metropolitana

Greve dos rodviários iniciou às 00h desta segunda-feira (12) - Davi de Queiroz/Folha de Pernambuco

O Tribunal Regional do Trabalho da 6ª Região (TRT-6) determinou que o serviço de transporte público na Região Metropolitana do Recife (RMR) seja reestabelecido com o mínimo de 60% da frota nos horários de pico.

A determinação também exige que o sindicato da categoria desmobilize os bloqueios feitos na entrada das garagens ou vias públicas, permitindo o uso da força policial, caso necessário. 

Na decisão, o corregedor do TRT-6, Fábio André de Farias, ordenou que o serviço de transporte público volte a ser ofertado com o mínimo de 60% da frota em horários de pico e 40% nos demais horários. 

“Determinar que o sindicato profissional volte a promover a prestação dos serviços de transporte público coletivo de passageiros, de forma tal que permita o atendimento das necessidades urgentes e inadiáveis da comunidade, na proporção hábil a preservar o interesse público e o direito ao transporte, o que se estima em 60% (sessenta por cento) nos horários de pico - das 06h às 09h e das 17h às 20h, e em 40% (quarenta por cento) no restante do dia, podendo esta decisão ser alterada a depender das informações aferidas no decorrer do dia", consta em um trecho do Dissídio.

O que diz o Sindicato
O Sindicato dos Rodoviários informou que ainda não foi notificado da decisão e que aguarda ser comunicado para se manifestar.

Greve 
A greve foi deflagrada nesta segunda-feira (12), após cerca de um mês de negociações entre a categoria dos rodoviários e os patrões. O Sindicato reivindica o rejuste real de 5% na remuneração dos motoristas, já a última proposta apresentada pela Urbana-PE, Sindicato das Empresas, foi de 0,5%. 

A Urbana-PE também propôs R$ 400 para o vale-alimentação e o reajuste do abono para quem exerce a dupla função de motorista e cobrado no valor de  R$ 180. As propostas foram rejeitadas pela categoria que alega que as empresas podem oferecer propostas melhores sem afetar a sustentabilidade dos negócios.  

Fazem parte das reivindicações dos grevistas reformas no registro das horas trabalhadas e a instituição de plano de saúde.