Exército israelense mata cinco palestinos na Cisjordânia ocupada
Forças de segurança israelenses também anunciaram uma "operação antiterrorista" em Tubas
Cinco palestinos morreram na madrugada desta quarta-feira (14) em ações das forças de segurança de Israel na Cisjordânia ocupada, anunciaram as autoridades locais e a agência palestina de notícias Wafa, no que o Exército israelense chamou de "operações antiterroristas".
"Cinco pessoas morreram em incursões israelenses, quatro na localidade de Tamun e uma na cidade de Tubas", disse à AFP o governador Tubas, Ahmad Saad.
"Durante o amanhecer, o Exército entrou em Tubas", norte da Cisjordânia ocupada, informou a agência Wafa.
O Exército israelense afirmou que "retém os corpos de cinco homens", uma medida de represália frequentemente utilizada pelas forças do país na Cisjordânia.
As forças de segurança israelenses também anunciaram uma "operação antiterrorista" em Tubas, durante a qual "eliminaram um terrorista e atingiram outros em um tiroteio".
Um comunicado cita a "detenção de pessoas procuradas, a localização e apreensão de armas".
A cinco quilômetros do local, na cidade de Tamun, o Exército declarou ter "efetuado ataques aéreos contra vários terroristas armados".
A polícia israelense anunciou que atirou contra um palestino de 16 anos que estava "escalando o muro" que separa Jerusalém da Cisjordânia para "lançar coquetéis molotov".
O jovem não resistiu aos ferimentos, segundo a polícia.
Desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em 7 de outubro, o Exército israelense intensificou as operações na Cisjordânia, território palestino ocupado por Israel desde 1967 e geograficamente separado de Gaza pelo território israelense.
Desde 7 de outubro, o Exército israelense ou os colonos mataram 625 palestinos, segundo um balanço da AFP baseado em informações divulgadas por fontes palestinas.
No mesmo período, pelo menos 18 israelenses, incluindo alguns militares, morreram em ataques palestinos, segundo dados oficiais de Israel.