Após bate-boca, Boulos dá tapa em carteira de trabalho de Pablo Marçal em debate; vídeo
Incidente aconteceu quando ambos já haviam retornado aos seus lugares
Após uma discussão entre os candidatos à prefeitura de São Paulo Guilherme Boulos e Pablo Marçal no debate promovido por Estadão, Terra e Faap, o psolista deu dois tapas na carteira de trabalho que o político do PRTB exibia. O incidente aconteceu após o embate dos dois no terceiro bloco do programa, quando ambos já haviam retornado aos seus lugares.
Em vídeo que circula na internet é possível ver que Boulos tenta por duas vezes atingir o documento que Marçal tem nas mãos. A produção do programa precisou intervir e impedir que a discussão. O candidato do PRTB chegou a compartilhar o momento em sua conta no Instagram.
Procurados, os candidatos ainda não se manifestaram sobre o desentendimento. Momentos antes do confronto, Boulos e Marçal protagonizaram o principal embate do debate e trocaram ofensas que chegaram como "aspirador de pó", "mentiroso compulsivo", "pessoa rebaixada", "psicopata" e "mau caráter".
A troca de farpas começou no momento em que Marçal comentava sobre as propostas de construir o maior edifício do mundo em São Paulo e a implementação de teleféricos. Ao responder, Boulos relembrou a provocação feita no debate realizado na semana passada, sobre a condenação de Marçal por furto qualificado, que acabou prescrita. Os dois começaram, na sequência, uma troca de ofensas e de acusações.
— Eu propus um teleférico, e não adianta rir que você também vai andar — disse Marçal, em meio a risadas.
Boulos retrucou:
— Marçal, você não deveria nem estar aqui porque no último debate você disse que deixaria sua candidatura se eu mostrasse a sua condenação como ladrão da banco, mas você mais uma vez mostrou que não tem palavra.
Marçal criticou os aliados de Boulos, como o presidente Lula, de quem o psolista recebe apoio.
— Você está me confundindo com o quadrilheiro chamado Luiz Inácio Lula da Silva, José Genoíno, Zé Dirceu, você que é o PT Kids aqui de São Paulo, o PSOL é uma grande merda nessa eleição. Não tem condenação, eu trabalhei para um cara, consertando computadores, a grande verdade é porque você não pediu a sua música no Fantástico, já que foi preso três vezes?
O deputado chamou o adversário de mentiroso compulsivo:
— Marçal, você é um mentiroso compulsivo, é viciado em mentir. Você é o Padre Kelmon dessa eleição.
O empresário mostrou uma carteira de trabalho:
— Eu sou o padre Kelmon, eu vou exorcizar o demônio, com a carteira de trabalho, você nunca vai ser prefeito de São Paulo enquanto tiver homem nessa cidade.
Boulos rebateu e acusou o empresário de divulgar fake news:
— Eu sou professor, não sou coach, não ganho dinheiro enganando os outros na internet. Até eu ser deputado federal, eu estava dando aula na PUC. Então fake news aqui, meu caro, não prospera.
Marçal ofendeu Boulos na réplica:
— Nenhuma pergunta que eu faço para esse cara, (ele) não responde. Nem em relação ao Hamas. Eu vou provar que você é o maior aspirador de pó da cidade de São Paulo.
O deputado acusou Marçal de não ter "limite ético" e ofendeu o empresário em seguida:
— O que você vai fazer com um cidadão desse? É uma coisa indignante, esse cara não tem limite. Não tem limite ético, moral, uma pessoa rebaixada, é isso que você é. Às vezes eu fico em dúvida se você é só mau caráter ou é psicopata, você vem aqui para mentir, para lacrar para a rede social.
— Você é um rebaixado, agora quer bancar o santo, converteu, agora é assembleano, não usa drogas. Qual a música que você vai pedir no Fantástico pelas três vezes que você foi preso?" — respondeu Marçal.
— É viciado em mentir — retrucou Boulos.
Quando acabou o embate entre Boulos e Marçal, o candidato do PRTB seguiu Boulos apontando-lhe uma carteira de trabalho. Os dois se sentaram lado a lado, e Marçal seguiu apontando a carteira, e Boulos deu um tapa no objeto. Os dois seguiram discutindo e uma pessoa da produção do debate precisou intervir. Então o psolista se levantou para o próximo embate, com Datena.