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Barroso defende Moraes e diz que informações por WhatsApp ao TSE eram 'formalizadas no processo'

Presidente do STF afirmou que críticas a ministro são 'tempestade fictícia'

Luís Roberto Barroso, presidente do STF - Reprodução YouTube

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso, defendeu o ministro Alexandre de Moraes e afirmou que as informações solicitadas de forma informal por auxiliares seus ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) eram "imediatamente formalizadas" depois que eram recebidas.

— Quando as informações chegavam, elas eram imediatamente formalizadas, inseridas no âmbito dos processos e dada à vista ao Ministério Público. Portanto, não houve nenhuma circulação de dados ou informações que não estivesse documentada adequadamente no processo — afirmou Barroso, no início da sessão do STF desta quarta-feira.

Para o presidente do STF, as críticas recebidas por Moraes fazem parte de uma "tempestade fictícia":

— Na vida às vezes existem tempestades reais e às vezes existem tempestades fictícias. Acho que estamos diante de uma delas

Entenda o caso
Uma reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo nesta terça-feira afirma que um auxiliar de Moraes no gabinete do STF pediu, de forma não oficial, a produção de relatórios de investigação do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para embasar decisões no chamado inquérito das fake news, instaurado pela Corte para apurar ataques a ministros.

Segundo a reportagem, o foco desses relatórios eram postagens em redes sociais de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro com ataques à Corte, à lisura das eleições, além de incitar militares contra o resultado das urnas.

Em nota, o gabinete do magistrado diz que “todos os procedimentos foram oficiais, regulares e estão devidamente documentados nos inquéritos e investigações em curso no STF, com integral participação da Procuradoria-Geral da República”.

O texto diz ainda que os "relatórios simplesmente descreviam as postagens ilícitas realizadas nas redes sociais, de maneira objetiva, em virtude de estarem diretamente ligadas às investigações de milícias digitais".