SAÚDE

Síndrome do impostor: entenda condição que afeta famosos como Bruna Marquezine e Michele Obama

Fenômeno pode gerar ansiedade, estresse e baixa autoestima

Bruna Marquezine pronta para o seu primeiro Met Gata - Reprodução/Instagram @toryburch

Alguma vez, você sentiu que não é bom o suficiente, apesar de ter alcançado conquistas evidentes? Sentiu que não está à altura das expectativas, mesmo quando cumpriu sua responsabilidade? Já se sentiu não merecedor das suas conquistas, embora tenha trabalhado duro para alcançá-las? Ou duvida das suas habilidades, mesmo com provas sólidas de sua competência?

A síndrome do impostor é uma experiência comum entre muitas pessoas, caracterizada por sentimentos de dúvida e medo do fracasso, ainda que tenham conquistas evidentes.

A sensação persistente de ser uma fraude pode ser esmagadora, mas há maneiras de superá-la e se libertar do ciclo de autossabotagem. Esse aspecto pode gerar ansiedade e estresse e afetar a autoestima e o desempenho no trabalho ou na vida acadêmica.

 

Michelle Obama // Wikimedia Commons

Para enfrentar e superar a síndrome do impostor, é fundamental conhecê-la e saber do que ela se trata, pois isso permitirá um trabalho de superação.

 

Reconhecer que não está sozinho nessa luta e que, até mesmo, pessoas bem-sucedidas passaram por sentimentos semelhantes pode ser reconfortantes. Bruna Marquezine, Michelle Obama, Tom Hanks e Neil Armstrong são alguns exemplos que reconhecem ter sofrido com a condição.

A ex-primeira-dama dos Estados Unidos falou abertamente sobre sua luta contra a síndrome do impostor, especialmente durante os anos na Universidade de Princeton e na Faculdade de Direito de Harvard. Apesar de suas conquistas acadêmicas e profissionais, Obama admitiu que, muitas vezes, sentia não merecer onde estava.

Outro exemplo é a atriz Bruna Marquezine, que em entrevista recente à revista Vogue compartilhou seus sentimentos quanto a chegar ao patamar internacional de sua carreira e como lida com a fama.

"Eu hoje tento me acolher mais e aí, quando eu faço isso, eu penso que eu pego muito no meu pé, porque eu conquistei coisa à beça. Então, eu estou tentando muito falar 'eu sou uma ótima atriz, eu sou merecedora de tudo. Eu conquistei isso tudo. Nada disso foi sorte'", conta.

O renomado ator Tom Hanks, também já revelou em várias entrevistas que se sente como um impostor na indústria do entretenimento, apesar do amplo sucesso e reconhecimento. Ele atribui grande parte da carreira à sorte e ainda se surpreende com a própria popularidade.

Por outro lado, o astronauta e primeiro homem a caminhar na lua, Neil Armstrong, também admitiu ter experimentado a síndrome do impostor. Embora tenha uma carreira de destaque na NASA com um feito histórico, ele frequentemente se perguntava se era bom o suficiente para estar entre os astronautas mais notáveis da sua época.

No mundo dos esportes, Serena Williams, considerada uma das melhores tenistas de todos os tempos, regularmente questiona se merece seu sucesso e se é boa o suficiente como atleta. Isso quando a esportista tem incontáveis títulos e bateu recordes.

Estes são apenas alguns exemplos de pessoas famosas que falaram publicamente sobre sua experiência com a síndrome do impostor. A franqueza e abertura delas sobre o tema mostram que ela afeta pessoas de todas as esferas, independentemente do sucesso, fama e reconhecimento

Especialistas avisam que quem sofre com isso deve trabalhar sua autoestima, um processo no qual a imagem pessoal desempenha um papel muito importante na superação. Já viu como a roupa influencia a confiança em si mesmo e a forma como os outros nos percebem?

Para responder a essa pergunta, vale a pena dedicar um tempo para explorar e definir seu estilo pessoal único, pois isso é fundamental no processo. Nesse sentido, experimente diferentes roupas, cores e estilos até descobrir o que faz você se sentir autêntico e seguro pode ser o início dessa sua

Escolher roupas que reflitam sua identidade e estilo pessoal também pode ser um grande impulso para sua autoestima. A forma como você se veste e se apresenta ao mundo pode ter um impacto significativo em como se sente.

Mas a imagem pessoal vai além da roupa. Também inclui a linguagem corporal. Os gestos e posturas podem comunicar muito sobre uma pessoa.

Manter contato visual, ficar de pé com a postura ereta e oferecer apertos de mão firmes podem transmitir confiança e segurança.

Praticar uma postura segura e aberta pode influenciar seu estado de espírito e como os outros o percebem, o que pode ajudar muito a combater a síndrome.

Além disso, buscar apoio emocional e orientação profissional pode ser benéfico para superá-lo. Não tenha medo de pedir ajuda. Buscar o apoio de amigos, familiares ou profissionais de imagem pessoal pode ajudar a identificar seus pontos fortes e áreas de melhoria em termos de imagem pessoal, e a desenvolver estratégias para melhorar sua imagem profissional.

Praticar o autocuidado também é fundamental para superar o síndrome do impostor. Dedicar tempo a atividades que o relaxem e recarreguem as energias, como exercícios, meditação ou simplesmente passar tempo ao ar livre e caminhar, podem melhorar o bem-estar físico e emocional.

E, claro, manter uma aparência arrumada e bem cuidada sempre é benéfico para causar uma boa primeira impressão em entrevistas de emprego, reuniões importantes ou eventos sociais, o que pode ser vantajoso para sua carreira e seus relacionamentos pessoais. Isso reflete o compromisso com o trabalho e a atenção aos detalhes, o que influencia a percepção que seus colegas, superiores e clientes têm de você.

Está comprovado que isso ajuda você a se sentir mais no controle e pronto para enfrentar os desafios do dia a dia com uma atitude positiva.

Na era digital, sua presença online também é muito importante. Os perfis em redes sociais e sites se tornaram seu cartão de visitas 24 horas por dia.

Manter uma imagem coerente e profissional nesses canais pode contribuir para projetar autenticidade e credibilidade, o que pode ajudar não apenas a superar a síndrome, mas também a alcançar metas profissionais e pessoais.

Por isso, cultivar uma sólida autoestima é crucial para combater a condição. Acreditar em suas habilidades e valorizar suas conquistas é fundamental para desenvolver uma mentalidade mais positiva e construtiva.

Lembre-se que superá-lo é um processo que leva tempo e esforço, mas com determinação e perseverança, você pode alcançar a confiança e o sucesso que merece.