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EUA condena anúncio de novo assentamento israelense na Cisjordânia ocupada

Todos os assentamentos de Israel na Cisjordânia, ocupada desde 1967, são considerados ilegais, segundo o direito internacional

Fumaça sobe durante um ataque do exército israelense na cidade de Tubas, na Cisjordânia ocupada - Zain Jaafar / AFP

Os Estados Unidos condenaram, nesta quinta-feira (15), a aprovação por parte de Israel de um assentamento de colonos em um local declarado Patrimônio Mundial pela Unesco, próximo da histórica cidade de Belém, apontando que a medida prejudica as perspectivas de criação de um Estado palestino.

"Cada um desses novos assentamentos impediria o desenvolvimento econômico palestino e a liberdade de movimento, além de minar a viabilidade de uma solução de dois Estados", como propõe e apoia grande parte da comunidade internacional, disse à imprensa o porta-voz do Departamento de Estado americano, Vedant Patel.

O ministro de extrema direita Bezalel Smotrich anunciou a medida na quarta-feira e disse abertamente que Israel esperava lançar novos "fatos no terreno" para evitar a criação de um Estado palestino.

"Consideramos que isso é incompatível com o direito internacional, e certamente nos opomos ao avanço dos assentamentos na Cisjordânia", território palestino ocupado por Israel, enfatizou Patel.

Os Estados Unidos intensificaram as críticas a Smotrich e a Itamar Ben Gvir, membros de extrema direita do governo do primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, que se opõem a um plano do presidente dos EUA, Joe Biden, destinado a acabar com a guerra que Israel trava contra o grupo islamista palestino Hamas há 10 meses em Gaza.

Todos os assentamentos de Israel na Cisjordânia, ocupada desde 1967, são considerados ilegais, segundo o direito internacional.

O governo Biden tem repetidamente criticado a expansão dos assentamentos israelenses, mesmo antes da guerra em Gaza, embora não tenha tomado medidas diretas de retaliação contra seu tradicional aliado.