Polícia colombiana descobre plano de atentado contra o Palácio da Justiça, diz jornal
Promotoria de Justiça especializada também encontrou munições e explosivos
O jornal colombiano El Tiempo revelou, na tarde desta sexta-feira, que fontes da Polícia local descobriram o planejamento para um possível ataque ao Palácio da Justiça, localizado no coração de Bogotá.
Segundo fontes ouvidas pela publicação, um grupo de elite da Polícia Metropolitana de Bogotá e da Promotoria Seccional descobriu, também, a existência de um grupo dedicado ao tráfico de armas na capital.
Por conta disso, foram coordenadas duas incursões – em 13 de agosto – nos bairros Divino Niño e Perdomo Bajo, no bairro Ciudad Bolívar.
A Promotoria de Justiça especializada 176 encontrou munições e explosivos de baixa potência nas residências.
“Apreensão de 16kg de substância pulverulenta cinza com alumínio, 68 cartuchos calibre 5,56, 2 carregadores de fuzis, 1 colete de arnês e 1 réplica no Palácio da Justiça da cidade de Bogotá”, lê-se em documento ao qual a reportagem teve acesso.
Alarmes dispararam
“As operações de busca e controle foram para localizar armas, mas a verdade é que a investigação tomou outro rumo ao encontrar a maquete do Palácio da Justiça, que imediatamente disparou os alarmes e levantou-se a possibilidade de um ataque”, garantiu ao El Tiempo um dos pesquisadores.
No momento, o maior receio das forças de segurança é “que se repita um acontecimento terrorista como o registado – em janeiro de 2019 – na Escola General Santander”.
A fonte ouvida por El Tiempo indicou que "uma mulher presente no local de uma das operações disse que o seu marido tinha sido assassinado no dia anterior (11 de agosto), e que nessa mesma tarde alguns homens entraram no local (sua casa) e levaram material (presumivelmente granadas e armas) e indicaram que esqueceram uma granada", disse uma fonte.
Quem é o morto?
Os investigadores voltaram a atenção para Miguel Ángel Alarcón Garcés, que, segundo informações de uma fonte, seria o responsável pela execução de uma ação terrorista.
Mas Alarcón foi encontrado morto (em 12 de agosto) – com uma arma de fogo – junto com Luis Alexis Campos Triana, em uma montanha perto de Ciudad Bolívar.
Os corpos foram transferidos para o Instituto Medicina Legal local, onde foi feita uma autópsia.
“Miguel Ángel Alarcón Garcés tinha antecedentes na SPOA [Sistema Penal Oral Acusatorio] por tráfico e furto de droga”, disse a fonte, que alertou que era “conhecido como distribuidor e consumidor de droga”.
Para os investigadores, Alarcón não faz parte de nenhum grupo armado organizado, mas, sim, “o estariam utilizando para obter armas e um ponto de encontro para planejar um eventual ataque”.
No momento, estão concentrados, Polícia e Ministério Público, em fazer uma linha do tempo (de trás para frente) para identificar contatos e movimentações do homem que levem às cabeças por trás do possível ato terrorista.