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Antes de Íris Abravanel, Silvio Santos teve casamento escondido para manter fama de "galã"

Primeira mulher do apresentador e mãe de suas duas filhas mais velhas morreu de câncer aos 39 anos: 'As moças acham detestável aplaudir alguém que pertence a uma outra', comentou ele

Antes de Iris Abravanel, Silvio Santos teve casamento escondido do público para manter fama de 'galã' - Reprodução/Instagram

A primeira vez que Silvio Santos se casou foi em 1962. Mas, à época, a relação com Maria Aparecida Vieira Abravanel permaneceu em total discrição por quase 20 anos, fazendo com que o apresentador, que morreu neste sábado aos 93 anos, mantivesse o seu perfil de “galã” ou “herói”, como ele costumava dizer. Com ela, o dono do SBT foi pai de duas filhas Cintia e Silvia.

O casamento com Maria Aparecida durou até 1977, quando ela morreu vítima de um câncer de estômago. O apresentador comentou sobre isso anos mais tarde, mas com algum arrependimento por ter escondido tanto a esposa quanto as filhas do público para poder manter a fama de galanteador. Naquela época, acreditava-se que uma família pudesse comprometer a imagem de “galã” de uma figura pública diante dos telespectadores.

 

“As moças que vão ao auditório e fazem desses cantores verdadeiros ídolos não admitem que eles se casem”, comentou ele, que já era casado, em uma entrevista ao jornalista Décio Piccinini, que foi jurado do programa "Show de Calouros", comandado por Silvio nas noites de domingo do SBT. “As moças acham detestável aplaudir, gritar, chorar, pular, festejar alguém que pertence a uma outra. Isso toca no amor-próprio da mulher. Acham ridículo e até humilhante bater palmas para um homem que vai chegar em casa e vai beijar e abraçar outra.”

Anos mais tarde, em 1988, em um programa de TV, quando já era um dos mais conhecidos nomes na televisão brasileira, ele lamentou esse ocorrido: “Quando eu me lembro da minha mulher que morreu, e quando eu me lembro que eu dizia ser solteiro. Quando eu me lembro que eu escondia as minhas filhas para poder ser o galã, para poder ser o herói”, contou. “Quando eu falo com a minha consciência, eu acho que é uma das coisas imperdoáveis que eu fiz, diante da minha imaturidade”, continuou.

Em outra oportunidade, quando foi perguntado uma vez sobre quais seriam a sua maior alegria e tristeza, ele respondeu: “Minha maior tristeza foi a morte da minha esposa chamada Cida, aos 39 anos de idade, com câncer no estômago. A minha maior alegria foi ter conhecido a minha esposa Íris, mãe das minhas quatro filhas”. Aliás, o casamento com a novelista de 76 anos começou cerca de cinco anos depois da morte de Maria Aparecida, em 1981.

No programa The Noite, apresentado por Danilo Gentili, Íris contou ter conhecido Silvio na Praia do Saco do Major, no Guarujá. Ela, que à época tinha 19 anos, estava comendo marisco cru quando o apresentador chegou em uma lancha. “Ele desce branquelo, grande, parecia uma lombriga”, contou ela, brincando sobre a aparência do marido e a partir dali começou a ser galanteada.

Na ocasião, Íris contou ainda que o seu pai, que segundo ela era “uma fera, (que) andava sempre armada” não recebeu bem a notícia de que ela estava se envolvendo com o apresentador de TV. “Ele dava soco na parede e dizia que eu era uma burra por me meter com um homem de televisão. Ele queria matar o Silvio”.

Mas tudo foi resolvido: o pai da novelista, Genaro Rubens Pássaro, ficou “apaixonado” por Silvio após ter uma conversa particular com ele. Com Íris, o apresentador teve mais quatro filhas: Patrícia Abravanel, Daniela Beyruti, Renata Abravanel, Rebeca Abravanel.