CNU

Abstenção do 'Enem dos Concursos' foi alta, mas dentro do previsto, afirma Esther Dweck

Os dados fechados sobre o índice de comparecimento serão divulgados pelo ministério no fim do dia, mas a ministra assegurou que não houve "nada além do previsto"

Esther: "A gente vai dar esse número no final do dia, mas não está acima do que a gente imaginava" - Fábio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

A ministra da  Gestão e da Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, afirmou em balanço preliminar do CNU (Concurso Nacional Unificado), realizado neste domingo (18), que a abstenção nas provas ficou alta, mas dentro do previsto pelo governo.

Cerca de 2,1 milhões de pessoas se inscreveram para o concurso apelidado de Enem dos Concursos por reunir candidatos para 6,4 mil vagas no serviço público federal em 21 diferentes órgãos.

Os dados fechados sobre o índice de comparecimento serão divulgados pelo ministério no fim do dia, mas a ministra assegurou que não houve "nada além do previsto".

"A abstenção nos concursos públicos é uma coisa alta; a gente viu isso recentemente no concurso do Banco Central, que teve uma uma taxa muito alta de abstenção mesmo sendo um concurso caríssimo", disse a ministra. Ela falou rapidamente com a imprensa após a visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao centro de monitoramento do concurso montado pelo Ministério da Gestão em Brasília.

Ela disse que muitas pessoas se inscrevem e acabam desistindo porque não conseguem se preparar a tempo. "Aqui em Brasília, por exemplo, 10% da população adulta se inscreveu, é uma quantidade expressiva", acrescentou.

Há outros fatores, segundo ela, como a tentativa de servidores de outras carreiras do serviço público tentarem uma oportunidade para ganhar mais, e desistirem.

"A gente vai dar esse número no final do dia, mas não está acima do que a gente imaginava. A gente reconhece que os números não são baixos, mas quando a gente deu a oportunidade de desistir, pouquíssima gente desistiu, só 30.000 pessoas. São 2,1 milhões de pessoas aptas a fazer a prova", disse.

Em sua fala, Dweck disse que houve relatos de falta de luz no Rio de Janeiro, mas foram solucionados antes do início das provas e que os horários foram cumpridos como planejamento.