Caso de mpox no Paquistão não é da nova variante
As infecções por mpox aumentaram em todo o mundo em maio de 2022
O primeiro caso de mpox no Paquistão, anunciado na semana passada, não é da nova variante que está em ascensão na África, informaram as autoridades sanitárias nesta segunda-feira (19).
O Paquistão detectou, na última sexta-feira, um caso de mpox, também conhecido como varíola do macaco, em um paciente de 34 anos "vindo de um país do Golfo", no qual foram realizados testes para descobrir a variante exata.
"O vírus foi classificado como clado 2b", declarou o Ministério da Saúde em um comunicado nesta segunda-feira.
"Atualmente a epidemia na República Democrática do Congo (RDC) está associada principalmente ao clado 1b. É preciso destacar que, até agora, não foram reportados casos do clado 1b no Paquistão", acrescentou o Ministério.
As infecções por mpox aumentaram em todo o mundo em maio de 2022, principalmente as relacionadas ao clado 2b, no entanto os casos diminuíram bastante.
Desde setembro de 2023, a África enfrenta a propagação da nova variante do vírus, detectada na RDC e chamada de "clado 1b", que é mais mortal e mais transmissível que as anteriores.
O ressurgimento de casos de mpox levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar, na última quarta-feira, uma emergência de saúde pública de âmbito internacional, o nível de alerta mais elevado.
A Suécia reportou um dia depois um caso da variante clado 1b, o primeiro fora da África.
RDC registrou ao menos 16 mil casos e 548 mortes.
A enfermidade foi descoberta pela primeira vez em humanos em 1970 no Zaire, hoje chamado de RDC.
O mpox é uma doença viral transmitida de animais para humanos, mas também é transmitida por contato físico próximo com uma pessoa infectada pelo vírus. A doença causa febre, dores musculares e lesões na pele.
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