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Deputado morre em tiroteio com a polícia antidrogas no Paraguai

Eulalio Gomes de 67 anos, era deputado pelo governante Partido Colorado (conservador)

Um parlamentar do partido governista do Paraguai foi morto em sua casa na segunda-feira em um tiroteio com agentes antidrogas - Daniel Duarte/AFP

Um deputado paraguaio do governista Partido Colorado, morreu, nesta segunda-feira (19), durante uma troca de tiros com a polícia antidrogas em uma operação de busca em sua casa no nordeste do país, informaram fontes oficiais.

"Os intervenientes foram repelidos com tiros e responderam o fogo ferindo mortalmente o parlamentar" Eulalio Gomes, indicou o chefe da Polícia, delegado Carlos Benítez, à imprensa.

Gomes, de 67 anos, era deputado pelo governante Partido Colorado (conservador).

A operação tinha como finalidade a captura de Alexandre Gomes, filho do político, que escapou e se entregou às autoridades logo depois, segundo o relatório policial.

A ordem de busca foi assinada por um juiz para a prisão "de pessoas suspeitas de fazer parte de um esquema de lavagem de dinheiro originário do narcotráfico e associação criminosa".

O chefe da Polícia informou que foram realizadas duas operações em propriedades pertencentes ao deputado na cidade de Pedro Juan Caballero, 550 km ao nordeste de Assunção, na fronteira seca com o Brasil.

Benítez esclareceu que os agentes antidrogas não tinham previsto prender o político, que possui foro privilegiado parlamentar, e que a operação buscava apreender documentos relacionados a uma investigação por conexões com o narcotráfico na qual o falecido, um rico criador de gado da região, estava envolvido.

Em 2015, outro deputado governista, Magdaleno Silva, também caiu morto, mas nas mãos de assassinos de aluguel em frente à sua casa, em uma localidade a 50km do local onde Gomes morava.

"São cada vez mais preocupantes os vínculos entre o narcotráfico e a política", disse à AFP o criminologista Juan Martens.

"Existe informação sobre pessoas que são intendentes (prefeitos), vereadores de cidades do interior e dirigentes políticos que estão sob suspeita", destacou, após apontar especialmente para região nordeste da fronteira seca com o Brasil.